Hoje na Economia 18/11/2014

Edição 1160

18/11/2014

As atenções, no dia de hoje, estão voltadas para o Japão, onde o Primeiro Ministro Shinzo Abe deverá anunciar medidas adicionais de estímulo à economia, bem como antecipar as eleições parlamentares para dezembro e postergar o novo aumento de imposto sobre vendas previsto para entrar em vigor em outubro de 2015. Aos olhos dos investidores, a atitude do governo japonês é bem vinda, na medida em que pode reforçar a recuperação da economia mundial, hoje muito dependente da economia americana.

A bolsa de Tókio fechou o dia em alta, com o índice Nikkei apurando ganho de 2,18%, enquanto o dólar americano era negociado a 116,69 ienes, não muito distante da cotação do encerramento dos negócios no dia de ontem (116,62 ienes). Na China, a queda dos preços dos imóveis afetou negativamente o mercado de ações. O índice Xangai Composto apurou perda de 0,71%, enquanto o Hang Seng de Hong Kong encerrou a sessão com recuo de 1,13%. O índice MSCI Asia Pacific fechou o pregão de hoje com alta de 0,6%.

Na Europa, o índice pan-europeu de ações, STOXX600, registra alta de 0,31%, no momento, enquanto os investidores aguardam a divulgação do índice de sentimento econômico (pesquisa ZEW) da Alemanha, que segundo o consenso deve ter subido para +0,5 em novembro, após registrar -3,6 em outubro. Demais praças, também operam em alta: Londres +0,32%; Paris +0,35% e Frankfurt +0,69%. O euro é negociado a US$ 1,2503, contra US$ 1,2452 de ontem à tarde.

Nos EUA, os índices futuros de ações S&P e D&J registram quedas discretas nesta manhã: -0,13% e -0,05%, respectivamente. O dólar recua frente às principais moedas (Bloomberg Spot Dollar Index: -0,11%), enquanto o yield da Treasury de 10 anos flutua em torno de 2,30% ao ano. Será divulgada a inflação ao produtor de outubro, que deverá mostrar variação acumulada de 1,3% nos últimos doze meses. O índice de confiança do empresário da construção civil, captado pela NAHB, deve ter se situado em 55 em novembro (54 em outubro).

No mercado de petróleo, a cotação do produto tipo WTI flutua em torno de US$ 75,70/barril, nesta manhã, refletindo a cautela dos investidores enquanto esperam pela reunião da OPEP, na próxima semana, que poderá decidir sobre eventual corte da produção ante a fraca demanda mundial pelo produto. Demais commodities, destaques para as quedas de agrícolas: -0,18% e metálicas -0,25%.

Na Bovespa, continuarão pesando os fatores domésticos na definição de tendência, com destaque para a expectativa em torno da nomeação do próximo Ministro da Fazenda, bem como para as investigações na Petrobrás, que continuarão afetando negativamente as ações da estatal. No mercado de câmbio, o dólar pode abrir em queda ante ao real, influenciado pelo cenário externo. No entanto as incertezas sobre a futura equipe econômica deverá manter elevada a volatilidade no mercado de moeda, bem como dos juros futuros.