Hoje na Economia 18/12/2012

Edição 692

18/12/2012

As boas possibilidades de o governo Obama e a oposição chegarem a um acordo em torno do ajuste fiscal (fiscal cliff), nos próximos dias, animam os mercados de risco nesta manhã.

Os futuros das principais bolsas norte-americanas operam no azul, prenunciando um dia de ganhos. Os contratos do S&P e D&J registram altas de 0,42% e 0,33%, respectivamente, nesta manhã. O dólar mostra-se estável em relação às principais moedas, enquanto o juro pago pela treasury de 10 anos situa-se em 1,770% ao ano.

Na Europa, o índice pan-europeu de ações, STOXX600, opera com ganho de 0,50% no momento, enquanto Londres sobe 0,45%, Paris +0,34% e Frankfurt +0,67%. O euro sustenta os ganhos recentes ante ao dólar, sendo negociado a US$ 1,3172/€ (+0,06%), neste momento.

Na Ásia, mercados fecharam o dia exibindo bons ganhos. Em Tókio, o índice Nikkei encerrou o pregão com alta de 0,96% com investidores otimistas com o novo governo. Novas medidas de estímulo econômico são esperadas, além de uma atuação mais firme do banco central japonês (BoJ) nas operações de injeção de liquidez no sistema. O iene permanece em tendência de queda diante das principais moedas, sendo cotada a ¥83,92 por dólar e ¥110,56 por euro. Na China, o governo estabeleceu a meta de 7,5% para o PIB de 2013, com inflação situando-se em 3,5%. Isso significa intenção de manter os instrumentos de política monetária operando no mesmo diapasão dos últimos anos, garantindo estímulos controlados para a economia. A bolsa de Xangai fechou em ligeira alta (+0,10%) o dia de hoje.

Os mercados de commodities também reagiram com otimismo à sinalização de que está próximo um acordo entre as autoridades políticas americanas que evite o fiscal cliff. O mercado de petróleo reagiu positivamente, com o produto tipo WTI atingindo o valor de US$ 87,71/barril, com alta de 0,60% no momento. O índice total de commodities sobe 0,13% nesta manhã, sendo que metais se valorizam 0,17%, mas as agrícolas perdem 0,36%.

Passado o vencimento das opções, a Bovespa deverá seguir o bom humor que prevalece nos mercados internacionais, devendo registrar ganhos ao longo do dia. Um contratempo: a Moody’s rebaixou para negativo a perspectiva de rating da Petrobrás No mercado de câmbio, o Banco Central deverá realizar três leilões de venda de dólar com recompra, objetivando conter a pressão altista das remessas deste final de ano. No mercado de juros futuros, as taxas devem mostrar fracas oscilações devendo fechar estáveis, com leve viés de alta pelo ambiente inflacionário desconfortável (IPC-Fipe 2ª quadri de dezembro: 0,72%, contra 0,70% do consenso).

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