Hoje na Economia 19/01/2018

Hoje na Economia 19/01/2018

Edição 1936

19/01/2018

O foco nesta manhã de sexta-feira volta-se para os Estados Unidos, com investidor monitorando o desenrolar das negociações no Congresso, onde a falta de acordo em torno do Orçamento pode significar a paralisação das atividades do governo a partir de hoje. Ontem à noite a Câmara elevou o teto da dívida, agora o assunto vai para o Senado.

O yield da Treasury de 10 anos subiu acima de 2,64% pela primeira vez desde 2014. As vendas maciças de treasuries enfraqueceram o dólar. Pela métrica do DXY, a moeda americana recua 0,24% ante a cesta de seis moedas, nesta manhã. A alta dos juros dos T-Bonds também reflete a crescente procura por hedge contra a esperada alta da inflação na esteira do fortalecimento do crescimento econômico americano. Os índices futuros das principais bolsas de Nova York operam com discretas altas, nesta manhã: Dow Jones +0,08%; S&P 500 +0,04%; Nasdaq +0,13%.

Na Ásia, prevalece o otimismo que cerca o desempenho da economia mundial neste ano, compensando o fechamento negativo das bolsas de Nova York ontem e as preocupações com as negociações no Congresso americano para evitar a paralisação das atividades do governo neste final de semana. As bolsas da região fecharam majoritariamente em alta. O índice MSCI Asia Pacific apurou ganho de 0,40%, no pregão de hoje. Em Tóquio, a bolsa local fechou com alta modesta, em dia de baixa liquidez. O índice Nikkei subiu 0,19%. Prevalece a cautela entre os investidores, à espera da reunião de política monetária do banco central japonês (BoJ) no início da próxima semana. Embora não haja expectativa de mudanças imediatas, investidores ficarão atentos a eventuais sinais sobre futuro aperto na política. No mercado de câmbio, o iene teve leve valorização, com a moeda americana valendo 110,63 ienes nesta manhã, contra 111,09 no final da tarde de ontem. Na China, o Xangai Composto avançou 0,38%. Em Hong Kong, O Hang Seng renovou máxima histórica ao apurar ganho de 0,41%. O sul-coreano Kospi subiu 0,18%; o Taiex avançou 0,72%, em Taiwan.

Na Europa, mercados operam sem direcional claro, com o investidor preocupado com o desenrolar das negociações no Congresso americano. O índice pan-europeu de ações mostra discreta alta nesta manhã: STOXX600 sobe 0,17%. Em Londres, o FTSE100 recua 0,06%, enquanto em Paris, o CAC40 avança 0,09%. Em Frankfurt, a perspectiva de que os sociais democratas anunciem o apoio ao governo de Ângela Merkel neste domingo, anima investidores levando a bolsa local a operar com valorização de 0,47%, no momento. O euro é negociado a US$ 1,2274 de US$ 1,2235 do fim da tarde de ontem.

Os contratos futuros de petróleo operam em baixa nesta manhã, após dados publicados ontem mostrarem que houve aumento dos estoques do produto nos EUA, como também na produção dos países que compõem a Opep. Nesta manhã, o contrato do petróleo tipo WTI para entrega em março é cotado a US$ 63,09/barril, com queda de 1,25%.

Em um dia de agenda econômica esvaziada, investidores brasileiros ficarão de olho nos acontecimentos nos EUA ao mesmo tempo em que se preparam para a próxima semana, em que deve ocorrer o julgamento do ex-presidente Lula pelo TRF-4. A crescente percepção de que a reforma da Previdência ficará para depois das eleições não deve estragar o bom humor que cerca o mercado de ações doméstico.

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