Hoje na Economia 19/02/2016

Hoje na Economia 19/02/2016

Edição 1458

19/02/2016

Diante de uma agenda de indicadores econômicos esvaziada, o sentimento do investidor é movido pelos temores que cercam a queda dos preços do petróleo, bem como pelas dívidas corporativas relacionadas ao setor de energia.

O barril de petróleo tipo WTI voltou a ser negociado próximo de US$ 30,0/barril (US$ 30,61/b, -0,52%, no momento), com dados sobre estoques do produto nos EUA reforçando o ambiente de excesso de oferta.

Na Ásia, mercados fecharam, em sua maioria, em baixa. O índice MSCI Asia Pacific terminou o dia com queda de 0,7%, mas fechando a semana com ganho de 5,7%. Na bolsa de Tóquio, o índice Nikkei fechou a sessão de hoje com queda de 1,42%, refletindo a valorização da moeda japonesa, prejudicando as ações das exportadoras, bem como a queda nos preços do petróleo. No momento, o dólar é negociado a 113,01 ienes, com a moeda nipônica apreciando 0,21%. Na China, o índice Xangai Composto teve desvalorização de 0,10%, refletindo a queda de papeis de alguns grandes bancos chineses, com problemas de aumento de créditos não performados. Em Hong Kong, o índice Hang Seng recuou 0,40%.

Na Europa, os mercados de ações abriram em baixa, refletindo as fortes quedas das ações de empresas de seguro, logo no início dos negócios. No momento, o índice STOXX600 opera em torno da estabilidade. Em Londres, o FTSE100 sobe 0,26%; O CAC40 da bolsa de Paris registra alta de 0,14%; em Frankfurt o índice DAX recua 0,08%. O euro é negociado a US$ 1,1098, com fracas oscilações me relação à moeda americana.

Nos Estados Unidos, o juro pago pelo T-Bond de 10 anos sobe para 1,747% ao ano (+0,40%), enquanto o dólar index, recua 0,16%, situando-se em 96,801 pontos. No mercado de ações, o índice futuro do S&P 500 opera com valorização de 0,27%, no momento.

O mercado doméstico acorda com a notícia de que o governo planeja corte de R$ 24 bilhões no orçamento, ao mesmo tempo em que deixa entender que não será possível fechar as contas públicas no terreno positivo, neste ano. Deve passar a adotar uma banda fiscal para acomodar um déficit em torno de 1% do PIB. Por outro lado, membros do Banco Central afirmaram ontem de que não há espaço para flexibilização das condições monetárias, afastando as possibilidades de cortes de juros a curto prazo, mesmo levando-se em conta os efeitos deflacionários da recessão.

O mercado de juros já se ajustou ao cenário de Selic estável, enquanto o valor do dólar deve sofrer ligeira queda acompanhando o enfraquecimento global da moeda americana no dia de hoje. Deve também refletir algum ajuste técnico após o movimento de zeragem das posições vendidas que levou o valor do dólar a voltar para cima dos R$ 4,00, na esteira de temores sobre agravamento da crise brasileira.

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