Hoje na Economia 19/03/2014

Hoje na Economia 19/03/2014

Edição 992

19/03/2014

O evento do dia deverá ser o encerramento da reunião do Comitê Federal do Mercado Aberto (Fomc) do Fed, o primeiro sob a tutela de Janet Yellen. Não deverá haver surpresas. Em depoimento no Senado e na Câmara no mês passado, a Chairwoman do Fed, afirmou que prosseguiria com o processo de redução gradual das compras mensais de bônus. Deve anunciar, como esperado pelo mercado, a diminuição do total mensal de US$ 65 bilhões atuais para US$ 55 bilhões a partir do próximo mês. Impacto importante também teria a eventual troca da taxa de desemprego por um conjunto de indicadores qualitativos como referência para início da alta da taxa básica de juro.

Os mercados operam à espera do Fed, enquanto observam a evolução dos eventos em torno da crise da Ucrânia. Os índices futuros das principais bolsas norte-americanas, S&P e D&J, mostram, neste momento, ligeiras altas: +0,10% e +0,08%, respectivamente. O dólar se fortalece frente às principais moedas (dólar index: +0,12%), enquanto o juro pago pela Treasury de 10 anos permanece flutuando em torno de 2,65% ao ano.

As bolsas europeias operam em direções diversas, nesta manhã. O índice FTSE100 de Londres recua 0,18% no momento, mesma tendência apresentada pelo CAC40 de Paris (-0,14%). Em Frankfurt, o DAX30 apura ganho de 0,30%. O índice STOXX600 flutua em torno da estabilidade. O euro é negociado a US$ 1,3910 (-0,17%), ante US$ 1,3934 de ontem à tarde.

Na Ásia, o índice MSCI Asia Pacific encerrou o dia contabilizando ganho de 0,2%. A bolsa de Tókio fechou em terreno positivo, favorecida pela ligeira queda do iene frente ao dólar, impulsionando os papéis das empresas exportadoras. O índice Nikkei contabilizou valorização de 0,36%, no pregão de hoje. A moeda japonesa é negociada a 101,59 ienes nesta manhã, contra 101,42 ienes de ontem à tarde. Na China, a bolsa de Xangai fechou com queda de 0,17%, enquanto a de Hong Kong perdeu apenas 0,07%. Prejudicou a bolsa chinesa, além das incertezas que cercam a revisão do acordo comercial entre China e Taiwan, a desvalorização da moeda chinesa (iuan) frente à moeda americana em decorrência de rumores sobre novos defaults.

No mercado de petróleo, o produto tipo WTI é negociado a US$ 99,65/barril, registrando fracas oscilações em torno desse valor. Demais commodities operam em baixa, com destaque para metais, cuja cotação recua 0,55% no momento, enquanto as agrícolas sobem 0,34%.

À semelhança dos demais mercados, os investidores domésticos devem aguardar o desfecho da reunião de política monetária do Fed para então definir uma estratégia em relação ao mercado de ações. As decisões do banco central americano também deverão impactar a moeda brasileira, que pode devolver parte dos ganhos recentes. No mercado de juros, a fala de Tombini, ontem no Senado, revelou sua preocupação com a inflação corrente, alimentada pela alta dos alimentos decorrente da estiagem. Enfatizou o objetivo da política monetária em não permitir que essa alta extrapole para demais setores da economia. Foi entendido como sinal de que o Copom pode estender a alta da Selic para além da reunião de abril.

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