Hoje na Economia – 19/03/2021

Hoje na Economia – 19/03/2021

Os principais mercados internacionais abrem sem direcional claro, nesta sexta-feira. Buscam se recuperar dos efeitos provocados pela alta significativa dos rendimentos dos Treasuries, que atingiram ontem o maior nível em mais de um ano, levando a forte queda nas principais bolsas de ações do mundo. Expectativa de forte crescimento da economia americana, trazendo de volta a inflação, impulsiona os juros longos apesar de o Fed ter garantido, na reunião desta semana, que não pretende elevar os seus juros tão cedo.

Os juros dos Treasuries operam em baixa nesta manhã, com menor pressão de vendas no mercado de bônus. O yield do T-Bond de 10 anos recuou 3,5 pontos base para 1,68% ao ano. O dólar opera em baixa frente às principais moedas fortes. O índice DXY situa-se em 91,70 pontos, com queda de 0,18%, no momento. O euro é negociado a US$ 1,1922 com ligeira valorização de 0,06%; a libra é cotada a US$ 1,3945, se valorizando 0,15%; ienes a ¥/US$ 108,69, se apreciando 0,18% ante o dólar. Os índices futuros das bolsas de Nova York operam em alta, à medida que os juros dos Treasuries recuam, abrindo espaço para recuperar parte das perdas de ontem. O índice futuro do Dow Jones avança 0,16%; S&P 500 sobe 0,40%; Nasdaq tem alta de 0,78%.

Na Ásia, as bolsas fecharam em sua maioria em queda, acompanhando o movimento de baixa registrado pelos mercados acionários de Nova York ontem. O índice regional de ações MSCI Asia Pacific apurou perda de 0,70% no pregão de hoje, com as maiores quedas ocorrendo nos fabricantes de chips e empresas chinesas de internet. No Japão, o índice Nikkei registrou queda de 1,41% em Tóquio, enquanto o Hang Seng teve queda idêntica de 1,41% em Hong Kong. Na China, o índice Xangai Composto desvalorizou 1,69%; o sul-coreano Kospi caiu 0,86% em Seul; em Taiwan, o Taiex recuou 1,34%. O banco central do Japão (BoJ) encerrou sua reunião de política monetária, nesta madrugada. Manteve sua política acomodatícia inalterada, realizando pequenos ajustes. O BoJ decidiu permitir que o rendimento do bônus do governo japonês (JGB) de dez anos oscile entre -0,25% e 0,25% (antes era -0,20% e 0,29%), dentro de sua meta para a taxa, em torno de 0%. Além disso, abandonou sua meta de comprar 6 trilhões de ienes (US$ 55 bilhões) em fundo de índices referenciados em ações (ETFs) anualmente. No entanto, segundo o BoJ, isso não significa que as aquisições desses papeis serão reduzidas ou encerradas.

Na Europa, a maioria das bolsas opera em baixa. Refletem não apenas os efeitos da alta dos rendimentos dos Treasuries, que derrubaram as bolsas de Nova York ontem, como também o recrudescimento da pandemia de covid-19 na região, comprometendo o apetite ao risco. No momento, o índice pan-europeu de ações, STOXX600, registra baixa de 0,39%. Em Londres, o FTSE100 perde 0,60%; em Paris o CAC40 recua 0,71%, enquanto o DAX desvaloriza 0,36% em Frankfurt.

Os contratos futuros de petróleo operam em alta, nesta manhã, tentando se recuperar das perdas dos últimos dias. O contrato futuro do produto tipo WTI para maio é negociado a US$ 60,90/barril, com alta de 1,53%, no momento.

No Brasil, com a pandemia de coronavírus atingindo níveis alarmantes, os investidores se retraem diante de um ambiente político cada vez mais conturbado, comprometendo os fundamentos econômicos. A taxa de câmbio permanece pressionada, apesar da alta de juros promovida pelo Banco Central, surpreendendo grande parte do mercado. Prevalece o risco país. Da mesma forma, a inclinação da curva dos DIs longos resiste em diminuir. Bovespa deve ficar sem direcional claro, tentando se ancorar nos futuros de ações americanos.

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