Hoje na Economia 19/04/2016

Hoje na Economia 19/04/2016

Edição 1499

19/04/2016

Mercados financeiros voltam a ficar mais otimistas, com recuperação nos preços de commodities e ações.

Os preços de commodities voltaram a subir. O preço do petróleo tipo WTI avança 1,86% com a greve dos petroleiros no Kuwait, o barril sendo cotado a US$ 40,48. Outras commodities também sobem com a melhora dos mercados financeiros globais, com o índice geral de commodities da Bloomberg avançando 0,70%.

Na Ásia, o índice MSCI Ásia Pacífico subiu 1,8%. O índice Nikkei225 do Japão recuperou suas perdas de segunda-feira e subiu 3,68%, com expectativas de medidas de estímulo na reconstrução após o terremoto que afetou o sul do país. O iene se deprecia, ajudando no rali da bolsa, -0,51%, cotado a ¥/US$ 109,38. A bolsa de Xangai interrompeu uma série de quedas e avançou 0,30%, com os ganhos dos produtores de terras raras compensando as perdas de empresas de energia.

Na Europa, as bolsas operam em alta, reagindo a resultados de empresas melhores do que o esperado. O índice STOXX600 registra avanço de 1,32%. Em Londres, o índice de ações FTSE100 sobe 0,48%; em Paris o índice CAC40 se valoriza 1,13%; em Frankfurt o DAX sobe 2,15%. O euro está cotado a US$/€ 1,1334, apreciando 0,17% contra o dólar. O índice de expectativas econômicas na Alemanha subiu mais que o esperado na medição do ZEW em abril (11,2 contra 8,0 de expectativa), estando no maior patamar do ano, avançando também no caso do dado da Zona do Euro.

O índice DXY do dólar está caindo -0,20%, sendo puxado para baixo pela valorização do euro e de moedas de países emergentes, com a queda de aversão ao risco. Os juros da Treasury de 10 anos estão em leve alta, a 1,783% a.a.. O futuro do S&P500 inicia o dia subindo 0,35%, sendo que as bolsas americanas ontem fecharam no maior patamar desde o início de dezembro. Os dados de housing que saem hoje devem ter pouco impacto sobre os mercados (início de novas construções, licenças de construções), com as atenções mais voltadas aos resultados de empresas.

Ontem o Banco Central realizou nova intervenção no mercado de câmbio, mas dessa vez a moeda brasileira fez um movimento contrário ao restante do mundo e se desvalorizou consideravelmente, afetada pelo efeito boato-fato dos mercados com o evento impeachment (esse efeito também foi sentido nabolsa, que caiu, mas não nos juros futuros). O Banco Central deve ser um pouco mais cauteloso antes de realizar novas intervenções no mercado de câmbio, mas sendo provável que ele faça hoje de novo (mesmo que em volume menor), considerando o ambiente externo mais propício para a valorização do real (menor aversão ao risco, alta de commodities). A inflação medida pelo IPC-FIPE da 2ª semana ficou abaixo do esperado (0,75% contra 0,89%), devendo ser outra pressão para queda nos juros futuros hoje. A bolsa, por sua vez, deve subir hoje, ajudada pelo ambiente externo. A arrecadação federal de março será divulgada hoje, devendo haver recuo forte em termos reais em relação ao dado do mesmo mês do ano anterior, mas com pouco efeito sobre os mercados.

Topo