Hoje na Economia – 19/04/2022

Hoje na Economia – 19/04/2022

As principais bolsas internacionais operam com sinais mistos. Pesam sobre os sentimentos dos investidores a intensificação da guerra no leste da Ucrânia e as declarações “hawkish” de dirigentes do Fed, defendendo acelerar o aperto na política monetária americana, levando-a para o território contracionista o mais rápido possível.

O presidente do Fed de St. Louis, James Bullard, afirmou que o Fed deve subir a taxa básica de juros para cerca de 3,5% ainda este ano, através de várias altas de 0,50 p.p., não descartando algum aumento de 0,75 p.p.. Essa postura mais agressiva a favor do aperto monetário levou o juro do T-Bond de 10 anos a subir quatro pontos base ao longo do overnight, atingindo 2,90% ao ano. O dólar opera estável frente às principais moedas. O índice DXY exibe queda marginal de 0,05%, situando-se em 100,77 pontos, enquanto o euro sobe 0,19%, cotado a US$ 1,0803/€, enquanto a libra é negociada a US$ 1,3036/£, com alta de 0,13%, no momento. No mercado futuro de ações, os índices futuros do Dow Jones e S&P 500 operam com quedas de 0,18% e 0,25%, respectivamente, enquanto o Nasdaq cai 0,55%, refletindo as novas pressões regulatórias de Pequim sobre as empresas de tecnologia chinesas. No radar de hoje, atenção para a divulgação de balanços de grandes empresas americanas e para novas manifestações dos dirigentes do Fed.

Na Ásia, as bolsas de ações caíram pelo terceiro dia consecutivo, pesando a nova ofensiva regulatória do governo da China, além das preocupações com a eventual aceleração do aperto monetário nos EUA. O índice regional de ações, MSCI Asia Pacific, fechou esta terça-feira com queda de 0,40%. A bolsa de Hong Kong liderou a baixa na região, com o índice Hang Seng caindo 2,28%, refletindo a decisão de Pequim de banir a transmissão em tempo real de videogames não autorizados, o que acabou derrubando as ações de empresas como Bilibili, Kuaishou Technology e Alibaba. Na China, o índice Xangai Composto registrou perda marginal de 0,05%, com investidores à espera de anúncios de novas medidas de estímulos, principalmente, a redução das taxas de juros de referência para empréstimos. No Japão, a fraqueza do iene favoreceu o mercado acionário. A moeda japonesa é cotada a 128,33 ¥/US$, um dos menores níveis dos últimos vinte anos. O índice Nikkei contabilizou ganho de 0,69%, com destaque para as ações das empresas exportadoras. O sul-coreano Kospi subiu 0,95% em Seul, enquanto o Taiex avançou de 0,56% em Taiwan.

Na Europa, as bolsas operam no vermelho, após a volta do feriado de Páscoa, em meio às preocupações renovadas com a guerra entre Rússia e Ucrânia, que pode estar se aproximando de uma fase decisiva. O índice pan-europeu de ações STOXX600 registra queda de 1,35%, nesta manhã. Em Londres, o FTSE100 cai 0,54%; o CAC40 perde 1,22% em Paris; em Frankfurt, o DAX desvaloriza 1,03%.

Os contratos futuros de petróleo operam em baixa, nesta manhã, após as altas recentes, com os investidores preocupados com a evolução do conflito no Leste Europeu. O contrato futuro do petróleo tipo WTI para junho é negociado a US$ 106,49/barril, exibindo queda de 1,59%, no momento.

A agenda econômica não traz nenhum indicador relevante, capaz de ditar os movimentos dos mercados. Foi divulgado o IPC-Fipe da 2ª quadrissemana de abril, que mostrou alta de 1,72%, acelerando frente a variação de 1,56% da primeira prévia, num sinal de que a inflação não dá trégua. Hoje em Washington, o ministro Paulo Guedes e o presidente do BC, Campos Neto, participam de evento patrocinado pelo FMI.

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