Hoje na Economia -19/04/2023

Hoje na Economia -19/04/2023

Economia Internacional

Nos EUA, os dados de housing referentes a março divulgados ontem apontaram fraqueza do setor imobiliário. A concessão de licenças para novas construções variou – 8,8% M/M, queda superior à esperada pelo mercado (-6,5% M/M), e recuou em relação ao dado positivo de fevereiro (15,8% M/M). As construções de casas caíram 0,8% M/M, ante alta de 7,3% M/M no mês anterior. Membros do Fed que discursaram ontem divergiram em termos da magnitude dos próximos passos de política monetária. Bullard, que adotou tom mais hawkish, afastou o risco de uma crise bancária e defendeu novas altas de juros, a níveis de taxas terminais superiores às precificadas pelos mercados hoje. Bostic, que também reconheceu a resiliência dos dados de atividade, advogou por uma alta na próxima reunião do FOMC, seguida por uma pausa no ciclo de aperto monetário.

Na Europa, o destaque da agenda no overnight foi a divulgação da inflação ao consumidor no Reino Unido, que registrou alta superior à expectativa mediana do mercado em março (0,8% M/M contra 0,5% M/M). Na comparação interanual, a inflação ficou em 10,1%. O núcleo também avançou mais do que o esperado pelos analistas (6,2% A/A vs. 6,0% A/A). A divulgação final da inflação ao consumidor para a Zona do Euro não foi revisada, mantendo a alta de 0,9% M/M, consistente com variação acumulada em 12 meses de 6,9%.

Para hoje a agenda de dados econômicos deve ser pouco movimentada, ao passo que os mercados se atentam aos discursos de membros de bancos centrais. Goolsbee, do Fed, e Schnabel e De Cos, do Banco Central Europeu (ECB), devem falar. O Fed também divulga seu livro bege, que deve trazer atualizações acerca do cenário de crédito e do sistema bancário.

Economia Nacional

No âmbito local, os mercados conheceram ontem o texto final do projeto de lei da nova regra fiscal. Embora o texto tenha se mantido, no todo, alinhado com a apresentação inicial do Ministério da Fazenda, a versão final trouxe expansão fiscal acima da expectativa e ainda incorpora incertezas quanto a alguns parâmetros da regra e quanto à viabilização de receitas adicionais, permitindo relativo grau de discricionariedade. A atenção dos investidores, agora, permanece sobre a tramitação do projeto no Congresso e do prazo para votação, bem como sobre o anúncio de medidas de elevação da arrecadação.

A produção industrial manteve a tendência de enfraquecimento no 1º trimestre e registrou contração de 0,2% M/M em fevereiro, em linha com o esperado pelo mercado, levando a variação interanual a -2,4%. A queda no dado de fevereiro teve contribuição baixista da indústria de transformação, que retraiu 0,5% M/M, enquanto a indústria extrativa teve avanço de 4,6% na margem. Entre as categorias de uso, se destacaram negativamente os bens de consumo duráveis, que caíram 1,4% M/M.

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