Hoje na Economia 19/05/2016

Hoje na Economia 19/05/2016

Edição 1520

19/05/2016

Mercados de ações, moedas, bonds e commodities operam, em sua maioria, em baixa repercutindo a ata da reunião de política monetária do Fed (Fomc), divulgada ontem, que recolocou a possibilidade de a taxa de juros de referência americana voltar a subir no curto prazo. De fato, segundo a avaliação dos membros do Fed, o crescimento econômico americano se intensificou nos meses recentes, recolocando na mesa uma alta dos Fed Funds já na reunião de junho.

O dólar manteve a trajetória de valorização global, que se seguiu a divulgação do documento. Neste momento, o dólar index mostra certa estabilização, com alta de apenas 0,11%. O juro do T-Bond de 10 anos sobe 1,04%, situando-se me 1,873% ao ano. A expectativa para o mercado acionário americano não é positiva para hoje, tendo por base o índice futuro do S&P 500 que opera em queda de 0,30%, no momento.

Na Ásia, os mercados sucumbiram às indicações de alta iminente dos juros americanos colocadas na ata do Fomc. O índice MSCI Asia Pacific encerrou, esta quinta-feira, com queda de 0,9%, com destaque para ações relacionadas a energia e matérias primas. No Japão, nem o fortalecimento do dólar ante o iene foi suficiente para garantir ganhos nas bolsas locais. O índice Nikkei fechou praticamente estável. O dólar é cotado a 109,99 ienes, chegando a ser negociado a 110,15 ienes no início dos negócios. Na China, o índice Xangai Composto fechou estável, enquanto o índice Hang Seng de Hong Kong perdeu 0,67%, no pregão de hoje.

Na Europa, o quadro não é diferente. Ações operam em baixa, enquanto o euro perde valor ante ao dólar. O índice de ações STOXX600 registra perda de 0,53%, no momento. Em Londres o índice FTSE100 recua 1,25%; o CAC40 de Paris perde 0,70%; enquanto o DAX de Frankfurt tem desvalorização de 1,03%. O euro troca de mãos a US$ 1,1206, contra 1,1228 no final da tarde de ontem.

Os futuros de petróleo operam em baixa, nesta manhã, em meio a um movimento de realização de lucros, após as máximas em seis meses atingidas pela commodity no início desta semana. As cotações são pressionadas também por informações que mostram aumento inesperado dos estoques do produto nos EUA. O contrato do petróleo tipo WTI, para entrega em junho, é negociado a US$ 47,24/barril, com queda de 1,97%, no momento.

Em meio às incertezas que ainda cercam o governo Temer, a sinalização do Fed de que pretende subir os juros em breve deve elevar a cautela dos investidores, principalmente estrangeiros, deprimindo os preços dos ativos domésticos. Dólar em alta, aumento dos prêmios nos juros futuros e Bovespa em baixa devem ser o comportamento esperado para esses mercados, a curto prazo.

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