Hoje na Economia 19/05/2017

Hoje na Economia 19/05/2017

Edição 1768

19/05/2017

Mercados globais dão sinais de estabilização após uma semana de alta volatilidade, decorrente da forte aversão ao risco provocada pelas crises políticas em Washington e Brasil.

Na Ásia, os mercados de ações da região fecharam, em sua maioria, em alta moderada, não eliminando as perdas acumuladas na semana. A recuperação discreta das bolsas de Nova York, após sofrerem o maior tombo do ano na sessão anterior, contribuiu para a melhora do humor nos mercados asiáticos. Em Tóquio, o índice Nikkei subiu 0,19%, acumulando desvalorização de 1,47% nos últimos cinco pregões. O dólar é negociado a 111,63 ienes, ligeiramente a cima de 111,47 ienes de ontem à tarde. Na China, o Xangai Composto mostrou alta apenas marginal, de 0,02%. O banco central chinês (PBoC) atuou no mercado aberto, resultando numa redução líquida de recursos financeiros, contrastando com injeções líquidas vistas no começo da semana. Em Hong Kong, o índice Hang Seng teve valorização de 0,15%, no pregão desta sexta-feira.

Na Europa, bolsas operam no azul, pondo um final na pior semana para as ações desde novembro passado. O índice pan-europeu de ações STOXX600 opera com ganho de 0,61%, nesta manhã. Em Londres, o FTSE100 sobe 0,51%; em Paris, o CAC40 ganha 0,82%; em Frankfurt o DAX avança 0,45%. O euro troca de mãos a US$ 1,1153, subindo em relação à cotação de US$ 1,1110 no fim da tarde de ontem.

O juro pago pelo T-Bond esboça reação de alta, nesta manhã, subindo 1,78%, situando-se em 2,249% ao ano. O dólar perde para as moedas emergentes, que reagem após as fortes perdas causadas ontem pelo aprofundamento da crise política brasileira. O índice DXY situa-se em 97,480, com recua de 0,41%. Os índices futuros de ações Dow Jones e S&P 500 operam com altas de 0,20% e 0,30%, respectivamente, no momento.

O índice Geral de Commodity Bloomberg tem valorização de 0,59%, nesta manhã, refletindo a recuperação dos preços do petróleo. Os investidores mostram-se otimistas antes da reunião da Opep, no próximo dia 25, quando irá decidir se continuará reduzindo sua produção além do primeiro semestre. Os futuros para entrega em julho do produto tipo WTI é negociado a US$ 49,99/barril com alta de 1,30%.

Internamente, o presidente não renuncia. As provas não parecem ser contundentes. Monta-se um cenário em que a crise deve se arrastar, paralisando o governo e impedindo o avanço das reformas econômicas. Após as fortes perdas de ontem, mercados de ações, dólar e juros devem mostrar certa acomodação, mas sem arriscar alguma recuperação, uma vez que a crise está longe do seu final.

Topo