Hoje na Economia – 19/06/2020

Hoje na Economia – 19/06/2020

Os avanços nas relações comerciais entre EUA e China e a confiança de que os governos serão capazes de colocar suas economias de volta na trilha do crescimento, animam os investidores, nesta sexta-feira. Elevam o apetite por ativos com maior risco, favorecendo ganhos para os mercados de ações, commodities e petróleo, enquanto o dólar perde força.

As bolsas da Ásia fecharam em alta no pregão de hoje, com investidores monitorando a situação do comércio entre EUA e China, mas sem deixar de acompanhar os desdobramentos de novos surtos de coronavírus nas duas maiores economias do mundo. Notícias da China dão conta de que o governo chinês planeja acelerar compras de bens agrícolas americanos para cumprir o acordo comercial da fase 1 com os EUA. O mercado de ações, que já se aproximava do final dos negócios quando a notícia foi divulgada, fechou em alta. O índice Xangai Composto apurou ganho de 0,96%. Em Hong Kong, o Hang Seng subiu 0,73%. No Japão, o índice Nikkei teve ganho de 0,55% em Tóquio, enquanto o sul-coreano Kospi se valorizou 0,37% em Seul. Em Taiwan, o Taiex fechou o dia com ganho marginal de 0,01%. No mercado de moedas, o dólar é cotado a 106,95 ienes, contra 106,97 ienes de ontem à tarde.

Na Europa, os mercados também são favorecidos pelas negociações entre os governos da região, que estão prestes a fechar um acordo em torno de um programa de 750 bilhões de euros (US$ 840 bilhões) para ajudar as economias retomarem o crescimento, neste momento que iniciam a saída da quarentena imposta pela pandemia. O índice STOXX600 avança 0,83%, nesta manhã. Em Londres, o FTSE100 sobe 1,13%; o CAC40 se valoriza 1,03% em Paris; em Frankfurt, o DAX opera com alta de 0,88%. O euro é negociado a US$ 1,1216, se valorizando 0,10% ante a divisa americana.

No mercado americano, o apetite ao risco também é elevado. Investidores animados com relatos de que a China planeja acelerar as compras de bens agrícolas dos EUA, previsto no acordo comercial fase 1. Deixam em segundo plano as notícias de novos surtos de coronavírus em algumas regiões. No momento, no mercado futuro de ações de Nova York, o Dow Jones avança 0,91; S&P 500 tem alta de 0,79%; Nasdaq se valoriza 0,78%. O índice DXY do dólar, que mede as variações da moeda americana frente a outras seis divisas relevantes, tem queda discreta de 0,03%, situando-se em 97,39 pontos. O juro pago pela Treasury de 10 anos sobe 1 ponto base, para 0,72% ao ano

Os preços de commodities operam em alta no momento, com o índice geral da Bloomberg subindo 0,42%. No mercado de petróleo, os contratos futuros do petróleo tipo WTI, para agosto, tem alta de 3,12%, sendo negociado a US$ 40,05/barril, no momento. Esse mercado também é favorecido pelas notícias de que os países que compõem a Opep+ se comprometeram a se esforçar para cumprir os cortes na oferta previstos no acordo coletivo do grupo.

O tom de otimismo que prevalece no mercado internacional deve favorecer positivamente os preços dos ativos brasileiros. A Bovespa deve abrir em alta acompanhando a sinalização dos futuros de ações de Nova York. O real pode se valorizar diante do dólar, enquanto os juros futuros devem recuar. Permanece, no entanto, os riscos políticos domésticos, com o governo pressionado pelas ações movidas nos poder Judiciário.

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