Hoje na Economia 19/07/2017

Edição 1811

19/07/2017

Mercados de ações operam em alta, nesta manhã, depois de um pregão de modestos ganhos ontem, em meio à queda do dólar e do yield das treasuries decorrente do tropeço da agenda econômica do presidente dos EUA, Donald Trump, no Congresso americano.

Nesta quarta-feira, as bolsas da Ásia e Pacífico fecharam em alta generalizada, lideradas pelas chinesas, ainda que a cautela que precede decisões de política monetária – no Japão e na zona do euro – tenha contido os negócios em algumas praças. Na China, o índice Xangai Composto subiu 1,36%, atingindo o maior nível em três meses. Em Hong Kong, o índice Hang Seng teve ganho de 0,56%. No Japão, o índice Nikkei deteve alta discreta (+0,10%), impulsionado por ações ligadas à demanda doméstica. Foi um pregão marcado pela cautela, enquanto se espera pela decisão de política monetária do Banco de Japão, a ser anunciada amanhã. O dólar é cotado a 111,95 ienes, nesta manhã, de 112,07 ienes de ontem à tarde.

Na Europa, bolsas operam com altas moderadas, acompanhando os resultados corporativos que estão sendo divulgados. O índice ações pan-europeu, STOXX600, opera com ganho de 0,29%, no momento. Em Londres, o índice FTSE100 avança 0,13%; em Paris o CAC40 sobe 0,17%; em Frankfurt o DAX opera próximo da estabilidade. O euro perde parte da valorização recente, enquanto os investidores esperam pela reunião de política monetária do BCE, amanhã. A moeda comum é cotada a US$ 1,1529, contra US$ 1,1555 de ontem pela tarde em Nova York.

No mercado americano, o índice futuro de ações S&P 500 avança 0,07%, no momento. O juro pago pelo T-Bond de 10 anos encontra-se em 2,271% ao ano, com ligeira alta diante do yield de 2,261% registrado ontem à tarde. O dólar recua frente à maioria das moedas que compõem o índice DXY, que recuou 0,96%, nesta semana. Na agenda econômica, será divulgado o volume de vendas de casas novas em junho, que deve ter aumentado 5,5% em relação ao mês anterior.

O contrato futuro do petróleo tipo WTI, para entrega em setembro, é negociado a US$ 46,53/barril, com alta de 0,49%, neste momento. O mercado aguarda a divulgação, no final da manhã de hoje, do relatório do Departamento de Energia (DoE) norte-americano sobre os estoques oficiais de petróleo e combustíveis.

A Bovespa deve ser impulsionada pela trajetória das bolsas americanas, bem como pela divulgação de importantes balanços corporativos previstos para hoje. O dólar deve continuar enfraquecido em termos globais, dada a decepção com a capacidade do governo Trump de implementar sua agenda econômica, favorecendo a moeda brasileira. Em meio ao otimismo, más notícias do âmbito fiscal podem azedar o humor. Hoje o Tesouro Nacional divulga a arrecadação fiscal de junho, que deve ter atingido para R$ 102,5 bilhões segundo o consenso do mercado (R$ 97,7 bilhões em maio).