Hoje na Economia – 19/07/2022

Hoje na Economia – 19/07/2022

Economia Internacional

O índice NAHB de confiança dos construtores nos EUA frustrou as expectativas de mercado e veio bastante abaixo do esperado (55 ante 66 projetado), chegando ao menor nível desde 2015 – exceto durante o ano de 2020. O dado apontou que a desaceleração no setor imobiliário nos EUA prossegue, devendo contribuir negativamente para o crescimento do PIB ao longo dos próximos trimestres. Em termos de política monetária, a possibilidade de uma alta de 100 bps na reunião de julho do FOMC tende a perder força, em que pese o fato de que uma avaliação mais precisa do panorama do setor imobiliário ainda depende da divulgação de novos dados hoje, como os de construção de novas residências e concessão de alvarás para construção.

Na Zona do Euro, a inflação ao consumidor veio em linha com o esperado (0,8% M/M e 8,6% A/A). Apesar da ausência de surpresa negativa, o panorama inflacionário na Europa segue pressionado e resiliente, tornando-se ainda mais relevante a decisão do Banco Central Europeu em sua reunião que acontece nesta quinta-feira.

Para hoje, a agenda global tende a ser menos movimentada, contando apenas com a divulgação dos dados de housing nos EUA mencionados acima.

Economia Nacional

O IGP-10 do mês de julho, divulgado ontem, desacelerou em relação à variação de 0,74% no último mês e apresentou alta de 0,60% M/M, acima do esperado pela SulAmérica Investimentos (0,54% M/M) e pelo mercado (0,48% M/M), chegando ao patamar de 10,87% no acumulado em 12 meses. A surpresa altista adveio do índice de preços ao consumidor, que avançou 0,42% M/M, acima da nossa projeção de -0,15% M/M. A alta de 1,48% M/M no grupo Alimentação mais do que compensou as variações negativas na gasolina e na energia elétrica (-1,49% e -1,45%, respectivamente).

A leitura do relatório Focus trouxe nova revisão baixista para o IPCA de 2022, que foi de 7,67% para 7,54%, ao passo que a expectativa para a inflação de 2023 segue subindo na margem (de 5,09% para 5,2%). A SELIC de 2023 também foi levemente revisada para cima, indo de 10,50% para 10,75%, enquanto a taxa de juros para este ano ficou estável em 13,75%. Em relação ao PIB, houve mudança na projeção para o crescimento deste ano, que foi de 1,59% para 1,74%, incorporando os bons dados de atividade divulgados ao longo do trimestre.

O IPC – FIPE da 2ª semana de julho, único indicador da agenda a ser divulgado hoje, ficou marginalmente abaixo do esperado (0,46% M/M vs. 0,48% M/M estimado).

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