Hoje na Economia – 19/08/2022

Economia Internacional

Nos EUA, o índice de sondagem industrial do Fed da Filadélfia de agosto ficou em 6,2, superando a expectativa de um número negativo (-5). Apesar do aumento na margem no tempo de entrega, mas que não parece mudar a visão de melhora dos gargalos de oferta, houve surpresas positivas nos outros componentes do índice, com destaque para o número de encomendas e a queda nos preços recebidos. Em relação ao setor imobiliário, as vendas de casas existentes caíram mais do que o esperado (-5,9% M/M ante -5,1% M/M est.). Os pedidos semanais de seguro-desemprego vieram abaixo do esperado (250 mil contra 264 mil est.) e com revisão para baixo do dado anterior (de 262 mil para 252 mil). Membros do Fed que discursaram ontem mantiveram o tom mais hawkish. Daly atribuiu a leitura de desaceleração da inflação às quedas nos preços de energia e alimentos, destacando que os núcleos de serviços seguem pressionados, ao passo que Bullard e Kashkari reforçaram que o trabalho de política monetária nos EUA deve continuar.

A agenda global de hoje será esvaziada, tendo como destaques os dados divulgados no overnight na Europa. A inflação ao produtor na Alemanha teve alta expressiva de 5,3% M/M em julho, ante expectativa de variação de 0,7% M/M, alcançando o patamar de 37,2% no acumulado em 12 meses. A surpresa altista derivou do aumento de 14,7% M/M nos preços de energia. No Reino Unido, as vendas no varejo em julho foram melhores que o esperado, crescendo 0,3% M/M contra expectativa de contração na margem de 0,2%.

Economia Nacional

A agenda doméstica de dados segue sem destaques, enquanto o foco se mantém sobre o panorama político. A pesquisa DataFolha, divulgada na noite de ontem, mostrou uma diferença 3 p.p. menor entre Lula e Bolsonaro em relação à última versão da pesquisa, realizada no final de julho. No cenário estimulado de 1º turno, Lula manteve-se estável com 47% das intenções de voto, enquanto Bolsonaro subiu de 29% para 32%, levando a diferença de 18 para 15 p.p.