Hoje na Economia 19/09/2018

Hoje na Economia 19/09/2018

Edição 2100

19/09/2018

Investidores minimizaram a importância da nova escalada protecionista americana, que impôs tarifa de 10% sobre US$ 200 bilhões de importações da China. Há a percepção de que muita conversa ainda deve ocorrer podendo se chegar a um bom termo, evitando uma guerra comercial generalizada. É a visão do copo meio cheio…

Na Ásia, mercados de ações fecharam majoritariamente em alta. O índice referência da região, MSCI Asia Pacific, terminou o dia com valorização de 1,2%. Na China, após um início de pregão titubeante, a declaração do Banco do Povo da China (BPoC) de que não iria desvalorizar a moeda chinesa em respostas às tarifas impostas pelos EUA, animou os investidores. O índice Xangai Composto apurou ganho de 1,14%, com destaque a papeis ligados à tecnologia. Na bolsa de Tóquio, houve avanço pelo quarto pregão seguido (índice Nikkei +1,08%), em dia de decisão de política monetária do Banco do Japão (BoJ), que, como esperado, manteve os juros inalterados. Em respostas a moeda japonesa se valorizou, com o dólar sendo negociado a 112,32 ienes, caindo em relação a 112,39 ienes de ontem à tarde. O índice Hang Seng da bolsa de Hong Kong fechou com alta de 1,19%, beneficiado pela alta de setores ligados a economia chinesa. Já na Coreia do Sul, o índice Kospi fechou em baixa de 0,02%, enquanto o Taiex teve ganho de 0,90% em Taiwan.

Na Europa, as bolsas tentam acompanhar o otimismo visto nos mercados asiáticos, mas mostram pouca força para definir uma tendência firme. O índice pan-europeu de ações, STOXX600, registra alta discreta (+0,07%), no momento. Em Londres, a inflação ao consumidor de agosto veio acima do esperado (0,7% ante previsão de 0,5% no mês), elevando a inflação acumulada para 2,7% nos doze meses até agosto. Essa alta, que estimula especulações a favor de nova alta do juro básico inglês, valorizou a libra ante o dólar, prejudicando o desempenho dos papeis de exportadoras na bolsa de Londres. O índice FTSE100 registra alta moderada de 0,05%, nesta manhã. Em Paris, o índice CAC40 sobe 0,29%, em quanto em Frankfurt, o DAX tem avanço de 0,20%. O euro é cotado a US$ 1,1701, subindo ante o valor de US$ 1,1667 do final da tarde de ontem. A Libra subiu para US$ 1,3182 de US$ 1,3143 de ontem à tarde.

A provável pressão inflacionária decorrente da imposição de taxa de 10% sobre nova gama de produtos chineses importados, em uma economia que opera em pleno emprego, elevou os juros das Treasuries, que voltaram a registrar taxas superiores a 3,0% ao ano para os papeis de 10 anos de maturidade. No mercado de ações, a abertura não deve mostrar tendência clara, uma vez que os futuros dos principais índices de ações da bolsa de Nova York operam com altas modestas, nesta manhã: Dow Jones +0,02%; S&P 500 -0,05%; Nasdaq +0,03%. O dólar recua frente às principais moedas (dólar index: -0,20%), como também diante das moedas emergentes. Por conta disso, as bolsas emergentes operam em alta: o índice MSCI Emerging Market tem valorização de 0,8%.

Os contratos futuros de petróleo operam sem tendência clara, à espera de novas informações sobre o balanço do mercado. Hoje será divulgado (às 11h30 de Brasília) relatório sobre os estoques americanos, pelo Departamento de Energia (DoE) dos EUA. No momento, petróleo tipo WTI é negociado a US$ 69,81/barril, com queda de 0,10%.

No mercado doméstico, o destaque será a reunião do Copom, que deve anunciar o resultado às 18h. Deve manter a Selic em 6,5%, como esperado pela maioria absoluta dos participantes do mercado. A Bovespa e o dólar devem abrir repercutindo a última pesquisa Ibope, que mostra a polarização da disputa entre os candidatos Bolsonaro e Haddad. Ambos cresceram nesse levantamento. No segundo turno, os dois estão empatados, com 40% cada.

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