Hoje na Economia 19/10/2016

Edição 1626

19/10/2016

Mercados financeiros operam sem direção única. Dados da China vieram, em sua maior parte, próximos do esperado, porém mercado fica cauteloso antes de debate presidencial nos EUA, que deve ocorrer à noite.

Na Ásia, as bolsas fecharam em alta. O índice MSCI Ásia Pacífico subiu 0,3%. Houve alta de 0,03% na bolsa de Xangai. Os dados sobre atividade econômica chinesa vieram próximos do esperado, com o PIB do terceiro trimestre igual à expectativa (6,7% A/A), assim como as vendas no varejo (10,7% A/A). A produção industrial veio um pouco abaixo do esperado (6,1% A/A contra expectativa de 6,4% A/A). O índice Nikkei225 do Japão teve alta de 0,21%. O iene está se valorizando contra o dólar, 0,39%, cotado a ¥/US$ 103,47. O Yuan interrompeu vários pregões de depreciação e se valorizou 0,05% hoje.

Na Europa, as bolsas operam em leve queda. O índice pan-europeu STOXX600 recua -0,13%, o índice FTSE100 de Londres -0,24%, o CAC40 de Paris -0,10% e o DAX de Frankfurt -0,22%. O euro está se apreciando contra o dólar, +0,16%, cotado a US$/€ 1,099.

Nos EUA, os futuros das bolsas estão em queda, com o S&P500 recuando -0,07% e o Dow Jones -0,17%. Os juros das Treasury de 10 anos estão praticamente estáveis no nível do fechamento de ontem (dia em que houve queda de 3 pp), a 1,74% a.a.. O dólar está perdendo valor contra outras moedas de outros países, tanto desenvolvidos quanto em desenvolvimento, com o índice DXY recuando 0,21%. Hoje ocorrerá mais um debate presidencial americano, à noite.

Os preços de commodities estão em alta hoje. O índice geral da Bloomberg sobe 0,17%. O petróleo está subindo, com o barril tipo WTI cotado a US$ 51,04, alta de 1,49%. O dado prévio de estoques americanos de petróleo mostrou queda, que sustenta essa alta no preço do barril.

No Brasil, o IPC-FIPE da 2ª semana mostrou inflação próxima da expectativa (0,02% contra 0,03%). É esperado que o IGP-10 fique em torno de 0,10%, também mostrando inflação baixa. A atividade no setor de serviços em agosto deve ter recuado novamente na comparação A/A, ajudando a mostrar um quadro de atividade fraca no 3º trimestre, junto com a queda na produção industrial e no varejo já conhecidas. Hoje ocorre a reunião do Copom, com as opiniões do mercado divididas entre queda de 25 pb e 50 pb na taxa de juros. Os juros futuros hoje devem ter queda, na expectativa do Copom, enquanto o real deve ter mais um dia de valorização contra o dólar, aproveitando-se do fluxo cambial de repatriação, aumento de preços de commodities e menor aversão ao risco global. A bolsa brasileira pode subir de novo, descolando-se dos eventos externos, com o maior otimismo nos mercados domésticos.