Hoje na Economia 19/10/2018

Hoje na Economia 19/10/2018

Edição 2121

19/10/2018

Mercados abrem mais calmos, ainda que sem direcional comum, em dia de menor aversão ao risco, onde indicadores econômicos na China e resultados corporativos na Europa dão o tom dos negócios.

As bolsas asiáticas fecharam majoritariamente em alta nesta sexta-feira. Destaque para o excelente desempenho dos mercados chineses, favorecidos por declarações do governo objetivando restaurar a confiança nos investidores nas perspectivas econômicas do país, em meio a uma onda de turbulência externa e temores crescentes sobre o futuro de empresas privadas. Dados oficiais publicados no fim da noite de ontem mostraram que o PIB da China teve expansão anual de 6,5% no 3º trimestre (projeções do mercado: 6,6%; 6,7% PIB do 2º trimestre), avançando no ritmo mais fraco desde o início de 2009. Produção industrial de setembro também veio abaixo das expectativas dos analistas, mas os investimentos e vendas do comércio vieram em linha com o esperado. Na bolsa de Xangai, o índice Composto fechou com alta de 2,58%, depois de iniciar o pregão em baixa. No Japão, o índice Nikkei caiu 0,56% em Tóquio, enquanto o dólar subia para 112,41 ienes, de 112,22 ienes no fim da tarde de ontem. Em outras partes da Ásia, o Hang Seng subiu 0,42% em Hong Kong e o sul-coreano Kospi avançou 0,37% em Seul, mas em Taiwan, o Taiex perdeu 0,35%.

Na Europa, resultados abaixo dos projetados pelos analistas, divulgados pelas empresas de autos e acessórios, impedem um desempenho positivo para a região. O imbróglio italiano, onde o governo insiste em manter um orçamento fiscal que contraria as normas da União Europeia, também azeda o humor dos investidores. O índice pan-europeu de ações, STOXX600, opera com queda de 0,52%, nesta manhã. Em Paris, o CAC40 perde 1,07%; em Frankfurt, o DAX tem queda de 0,65%; em Milão, bolsa local recua 1,60%. Em Londres, o FTSE100 flutua em torno da estabilidade, sem direcional claro. O euro troca de mãos a US$ 1,1450, recuando ante o valor de US$ 1,1460 no fim da tarde de ontem.

No mercado americano, juros e dólar mostram-se, relativamente, estáveis nesta manhã. O juro pago pelo T-Bond de 10 anos encontra-se em 3,1731%, próximo do valor de 3,177% de ontem à tarde. O índice DXY, sobe 0,13%, refletindo principalmente a valorização da moeda americana diante do euro e do iene. Os futuros de ações apontam para uma abertura em alta para esta sexta-feira. O índice futuro do Dow Jones sobe 0,24%; do S&P 500 avança 0,22%; Nasdaq ganha 0,38%.

Os contratos futuros de petróleo operam em alta nesta manhã, recuperando parte das perdas recentes, decorrentes do forte aumento nos estoques dos EUA e preocupações com a crise entre o governo americano e a Arábia Saudita. O petróleo tipo WTI para dezembro sobe 0,31%, com o barril sendo negociado a US$ 68,86, no momento.

A abertura dos mercados domésticos deve repercutir, no âmbito político, o resultado da pesquisa Datafolha que confirmou o favoritismo de Jair Bolsonaro, com 18 pontos à frente. No front econômico, pesam os dados chineses divulgados na madrugada, aonde o PIB chinês do 3º trimestre veio pouco abaixo do projetado pelo mercado. No entanto, deve se destacar que, em meio à guerra comercial, o governo chinês vem mantendo sua estratégia de pouso suave (softlanding) da economia, com relativo sucesso.

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