Hoje na Economia – 19/11/2020

Hoje na Economia – 19/11/2020

Mercados financeiros seguem em queda com preocupações sobre segunda onda de Covid-19, à medida que mais lugares ao redor do mundo adotam medidas de distanciamento social de novo, de Tóquio (que aumentou seu alerta sobre o novo corona vírus para nível máximo) a Nova York (que voltou a fechar escolas).

Na Ásia as bolsas encerraram a sessão de hoje em sua maioria em queda. Houve recuo de -0,4% no índice regional MSCI Asia Pacific, com perdas de -0,36% no índice Nikkei225 de Tóquio, -0,71% no Hang Seng de Hong Kong e -1,31% no SENSEX da Índia. Por outro lado, houve altas de 0,07% no KOSPI de Seul e 0,47% na bolsa de Xangai, com a percepção de que a economia chinesa não deve ser tão afetada por essa segunda onda de Covid-19. O iene está se desvalorizando diante do dólar, -0,30%, cotado a ¥/US$ 104,13.

Na Europa, todos os mercados acionários operam em forte queda. Há recuos de -0,80% no índice pan-europeu STOXX600, -0,90% no FTSE100 de Londres, -0,79% no CAC40 de Paris e -1,02% no DAX de Frankfurt. O euro está se depreciando 0,22% contra a moeda americana, cotado a US$/€ 1,1827, enquanto a libra se desvaloriza mais, -0,33%, cotada a US$/£ 1,3229, com preocupação em relação à proximidade da data final do Brexit.  A conta corrente na Zona do Euro veio mais superavitária em setembro, em € 25,2 bi, contra € 20,9 bi do mês anterior.

Nos EUA, os índices futuros iniciam o dia em queda mais moderada que a vista ontem, que superou 1% na maior parte das bolsas. Agora há recuos de -0,38% no futuro do Dow Jones, -0,33% no futuro do S&P500 e -0,39% no futuro do NASDAQ. O dólar está ganhando valor contra outras moedas, com o índice DXY subindo 0,38%. Os juros futuros recuam, com o yield da Treasury de 10 anos caindo quase 2 pb, para 0,8554% a.a.. Hoje sairão indicadores de atividade do Fed da Filadélfia e do Fed de Kansas City, que devem ter recuado de 32,3 para 23 e de 13 para 11, respectivamente. Também sairão dados do setor de housing, com queda de -1,1% em outubro na venda de casas existentes. Os pedidos semanais de seguro desemprego devem ter permanecido estáveis em 700 mil.

Os preços de commodities operam em sua maioria em queda no momento, com recuo de -0,86% no índice geral da Bloomberg. Há contração de -1,55% no preço do petróleo tipo WTI, cotado a US$ 41,17/barril, e de -0,78% no níquel, -0,85% na soja e -0,99% no ouro. Por outro lado, há alta em outras commodities metálicas, como 1,99% no minério de ferro e 0,29% no cobre, devido ao otimismo ainda com a China.

No Brasil, notícias indicam que as medidas econômicas mais polêmicas (incluindo aprovação de orçamento, reforma administrativa e tributária e PEC emergencial) podem ser aprovadas apenas em fevereiro, após as eleições nas casas legislativas, ao invés de após o fim do segundo turno nas eleições municipais. O maior pessimismo global e a demora em avançar em questões fiscais relevantes devem fazer os preços de ativos brasileiros sofrerem hoje. O real deve se desvalorizar diante do dólar, o Ibovespa deve cair e os juros futuros devem subir.

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