Hoje na Economia – 19/11/2021

Hoje na Economia – 19/11/2021

Os principais mercados internacionais operam em alta, num ambiente favorável à tomada de risco, em meio à percepção de que a recuperação da economia global mostra-se forte o suficiente para enfrentar os desafios decorrentes da alta inflação e políticas monetárias restritivas.

Na Ásia, as bolsas operaram com sinais distintos. O índice regional de ações, MSCI Asia Pacific, fechou em queda de 0,3%, acumulando perda de 0,80% na semana. Destaques de baixa na região foram os papéis da empresa Alibaba Group Holding Ltd, por conta da redução nas receitas esperadas, contribuindo, também, para a queda de outras ações ligadas à tecnologia. Esses eventos levaram o índice Hang Seng a registrar queda de 1,07% em Hong Kong. Por outro lado, na China, o índice Xangai Composto subiu 1,13%, a maior alta na região. No Japão, o governo aprovou um pacote de US$ 490 bilhões para apoiar a recuperação da economia, o que agradou aos mercados. O índice Nikkei apurou ganho de 0,50%, na sessão de hoje. O sul-coreano Kospi avançou 0,80% em Seul.

Na Europa, a maioria das bolsas locais opera no azul. O índice pan-europeu de ações, STOXX600, sobe 0,37%, no momento. Repercute positivamente o discurso proferido pela presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, que afirmou não ter pressa em começar a apertar a política monetária diante de pressões inflacionárias temporárias. O BCE mantém firme convicção de que a inflação perderá força nos próximos meses, voltando à meta de 2% em 2022. Na bolsa de Londres, o índice FTSE100 avança 0,37% no momento; em Paris, o CAC40 valoriza 0,45%. Na Alemanha, a inflação ao produtor (PPI) subiu 18,4% em outubro em termos anuais, o mais alto desde 1951, segundo dados divulgados nesta sexta-feira. Na bolsa de Frankfurt, o DAX registra alta de 0,23%, no momento.

No mercado americano, o juro pago pelo T-Bond de 10 anos subiu um ponto base para 1,60% ao ano, em linha com um ambiente de maior propensão à tomada de risco pelos investidores. O índice DXY do dólar sobe 0,31% no momento, situando-se em 95,84 pontos, mantendo-se valorizado pela quarta semana consecutiva. O euro é negociado a US$ 1,1314/€, depreciando 0,50%, no momento; a libra é cotada a US$ 1,3445/£ desvalorizando 0,37%; a moeda japonesa perde 0,20%, negociada a 114,49 ¥/US$. Os índices futuros das bolsas de Nova York registram altas de 0,32% para o Dow Jones; 0,33% para o S&P 500 e 0,49% para o Nasdaq. Ante uma agenda econômica modesta, os investidores devem monitorar os discursos que dirigentes do Fed, Richard Clarida e Mary Daly, proferirão em evento na Ásia.

O índice geral de commodities Bloomberg registra valorização de 0,57%, com destaque para as altas do petróleo, minério de ferro e cobre. O contrato futuro do petróleo tipo WTI, para dezembro, é negociado a US$ 79,37/barril, com alta de 0,46%, nesta manhã.

A agenda econômica doméstica não contempla nenhum dado importante que possa mexer com os mercados nesta sexta-feira. Desta forma, os ativos domésticos ficarão refém do ambiente externo, onde sobressai o discurso da presidente do BCE, Christine Lagarde, bem como pronunciamentos de dirigentes do Fed. No âmbito político interno, segue sem solução o imbróglio da PEC dos precatórios. O relator da matéria no Senado, senador Fernando Bezerra, já admite “fatiar” a PEC, buscando assegurar o Auxílio Brasil de R$ 400 ainda em dezembro. Nada ainda acertado e muitas pontas soltas prenunciam uma longa caminhada até se chegar ao texto final.

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