Hoje na Economia 19/12/2014

Hoje na Economia 19/12/2014

Edição 1182

19/12/2014

Mercados operam em alta, dando prosseguimento as fortes valorizações dos preços dos ativos ocorridas ontem. O bom humor é alimentado pela perspectiva de que os principais bancos centrais continuarão contribuindo para manter a liquidez internacional elevada, sustentando o crescimento econômico global.

Nos Estados Unidos, os índices futuros das principais bolsas de ações operam em alta, com destaque para o S&P valorizando 0,31% e o D&J +0,37%, no momento. O yield pago pela Treasury de 10 anos situa-se em 2,23% ao ano, enquanto o dólar mostra discretas variações em relação a uma cesta composta por seis importantes moedas (dólar index: +0,06%).

Na Europa, o quadro não é diferente, com o índice de ações pan-europeu, STOXX600, registrando ganho de 0,46%. Nas principais praças da região, destaque para a bolsa de Londres que sobe 0,67%, enquanto em Paris, a bolsa local avança 0,57% e em Frankfurt registra ganho de 0,49%. O euro troca de mão a US$ 1,2278, recuando frente à cotação de US$ 1,2346 de ontem à tarde. Na agenda, foi divulgado o índice de confiança do consumidor na Alemanha, pelo instituto Gfk, que subiu para 9,0 neste mês, contra 8,7 no mês anterior.

Na Ásia, bolsas acompanharam o otimismo que tomou conta da maioria dos mercados no dia de ontem. O índice MSCI Asia Pacific encerrou o pregão com alta de 1,8%. A bolsa japonesa foi o destaque, impulsionada, também, pelo enfraquecimento do iene frente ao dólar. O índice Nikkei apurou valorização de 2,39% no dia. A moeda americana é cotada a 119,42 ienes, nesta manhã, contra 118,67 de ontem á tarde. Na China, o Índice Composto de Xangai fechou a sessão de hoje com ganho de 1,67%, enquanto o Hang Seng de Hong Kong subiu 1,25%.

No mercado de petróleo, os preços esboçam reação após as fortes quedas recentes. O produto tipo WTI é negociado a US$ 54,62/barril, com alta de 0,94% no momento. As commodities também operam em alta, com a exceção de agrícolas que perdem 0,66%, nesta manhã.

Enquanto a Bovespa deve seguir a tendência ditada pelas principais bolsas internacionais, tendo o petróleo como principal fator de risco, as atenções internas estarão voltadas para o mercado de renda fixa. A agenda doméstica prevê a divulgação do IPCA-15 de dezembro, que segundo o consenso deve registrar inflação de 0,75% no mês, fechando o ano com alta acumulada de 6,42%. Ademais, o mercado deve repercutir a entrevista do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, concedida ontem a Globo News. Tombini admitiu um impacto de 5% a 6% na inflação, num horizonte de 12 meses, decorrente da desvalorização cambial, além de estimar um ajuste de preços administrados mais elevado do que o BC vinha trabalhando em suas projeções. Com isso, esvazia o termo "parcimônia" contida nas últimas publicações do Copom, afastando-se da hipótese de um ajuste monetário de curta duração.

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