Hoje na Economia 19/12/2017

Hoje na Economia 19/12/2017

Edição 1915

19/12/2017

Mercados financeiros seguem em alta com avanços da reforma tributária nos EUA, mas de forma mais modesta que ontem. É esperado que a Câmara dos Representantes vote a reforma hoje (votação prevista para começar 13:30 de Nova York, 16:30 de Brasília) ou, no máximo, amanhã de manhã e que o Senado o faça no dia seguinte.

Na Ásia, as bolsas fecharam em sua maioria em alta, com o índice pan-asiático MSCI Ásia Pacífico subindo 0,2%. Houve alta de +0,88% na bolsa de Xangai, mas o índice Nikkei225 do Japão teve leve recuo, de -0,15%. O iene se deprecia levemente contra o dólar, -0,06%, cotado a ¥/US$ 112,61.

Na Europa, as bolsas operam em sua maioria em alta. O índice pan-europeu STOXX600 sobe 0,06%, com altas de 0,25% no FTSE100 de Londres, e +0,03% no DAX de Frankfurt. O CAC40 de Paris recua -0,10%. O euro está se apreciando contra o dólar, +0,16%, cotado a US$/€ 1,18. O índice de clima de negócios IFO da Alemanha veio mais fraco que o esperado (117,2 contra 117,5), porém ainda num patamar bem elevado.

Os índices futuros das bolsas americanas seguem em alta hoje, após terem atingido novos recordes ontem. O futuro do S&P500 sobe +0,10%. O dólar está perdendo valor contra outras moedas, com o DXY recuando -0,09%. Os juros futuros estão em alta, com o título da Treasury de 10 anos tendo yield de 2,394% a.a.. Hoje sairão dados sobre conta corrente e sobre o mercado imobiliário nos EUA, com impacto limitado nos mercados financeiros.

Os preços de commodities estão operando sem direção única, com o índice geral da Bloomberg subindo levemente, 0,04%. O preço do barril de petróleo tipo WTI sobe +0,45%, cotado a US$ 57,42.

No Brasil, o ministro do STF Lewandowski suspendeu algumas medidas de ajuste fiscal feitas via MP (medida provisória): o adiamento por um ano do reajuste salarial dos servidores e aumento da contribuição previdenciária de 11% para 14% dos funcionários públicos. Não se sabe quanto tempo essa suspensão durará, mas caso ela perdure no começo de 2018 pode afetar a chance de o governo cumprir a meta de déficit primário para o ano. As medidas economizariam R$ 6,6 bi no ano de 2018 se durassem o ano todo. O real deve seguir se valorizando hoje, acompanhando o movimento global de moedas, e a bolsa também deve subir, na esteira dos mercados externos mais otimistas com a reforma nos EUA. Os juros futuros, por sua vez, podem subir mais, devido à interferência do Judiciário nas medidas de ajuste fiscal.

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