Hoje na Economia 19/12/2018

Hoje na Economia 19/12/2018

Edição 2160

19/12/2018

Altas moderadas são observadas em diversos mercados, reflexo de um investidor cauteloso à espera da reunião de política monetária do Fed (Fomc), hoje às 17hs de Brasília. Os mercados de ações têm altas discretas, que contrastam com as perdas recentes, enquanto as Treasuries permanecem estáveis e o dólar recua diante das principais moedas.

O mercado de renda fixa americana precifica probabilidade maior do que 70% para que o Fed decida, hoje, pela quarta elevação da taxa básica de juros neste ano. Isso não provocará maiores reações. A expectativa fica por conta do comunicado onde se espera por sinalizações sobre quantos aumentos de juros o banco central americano projetará para 2019. Especula-se também que o Fed poderá sinalizar uma pausa no processo de aperto monetário, diante de indícios de desaceleração da economia global e temores de que os EUA voltem a enfrentar uma recessão.

A postura cautelosa dos investidores leva o juro pago pelo T-Bond de 10 anos para 2,811% nesta manhã, recuando diante da taxa de 2,820% de ontem à tarde. O índice DXY, que apura o valor do dólar diante de uma cesta de moedas fortes, encontra-se em 96,82, com queda de 0,30%. Os futuros dos principais índices de ações da bolsa de Nova York apontam para uma abertura em alta: futuro do Dow Jones sobe 0,58%; do S&P 500 avança 0,68%; Nasdaq ganha 0,63%.

Na Ásia, as bolsas fecharam sem direção única, em meio a muita cautela. O índice regional MSCI Asia Pacific fechou com discreta alta de 0,18%. Espera-se pela decisão de política monetária do Fed. Na China, o dia foi de perdas. O Xangai Composto recuou 1,05%, pressionado por ações de petrolíferas, que refletiram as quedas nas cotações de petróleo. No Japão, o índice Nikkei caiu 0,60%, atingindo o menor nível em nove meses, influenciado pela continuidade da valorização do iene ante o dólar ao longo do pregão. A moeda americana é cotada a 112,36 ienes, caindo em relação ao valor de 112,59 ienes de ontem à tarde. Mercados que terminaram o pregão no azul: o Hang Seng subiu 0,20% em Hong Kong, o sul-coreano Kospi teve alta de 0,81% em Seul; o Taiex registrou alta de 0,66% em Taiwan.

Na Europa, o índice pan-europeu de ações, STOXX600, tem alta discreta, após quatro dias de quedas seguidas. Ações de seguro saúde contribuem para alta de 0,14% apresentado pelo índice, nesta manhã. Em Londres, o FTSE100 sobe 0,40%; em Paris o CAC40 tem ganho de 0,33%; em Frankfurt, o DAX avança 0,17%. Notícia de que a União Europeia aceitou a proposta de déficit orçamentário do governo italiano, contemplando déficit fiscal equivalente a 2,04% do PIB em 2019, fortalece o euro nesta manhã. A moeda comum subiu a US$ 1,1400 de US$ 1,1362 de ontem à tarde.

No mercado de commodities, o petróleo tenta uma recuperação após as quedas recentes, mas não tem fôlego para sustentar a reação. O contato futuro do produto WTI para entrega em fevereiro é negociado a US$ 46,15/barril, com queda de 0,19%, no momento.

Os ativos brasileiros, notadamente a Bovespa, ficarão oscilando em linha com o comportamento ditado pelos mercados americanos, enquanto se aguarda pela decisão do Fed, às 17hs. A notícia ainda pegará os mercados brasileiros abertos, o que deverá ter repercussão sobre o dólar futuro e ações.

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