Hoje na Economia – 19/12/2024
Cenário Internacional
Ontem, o Banco Central dos Estados Unidos (FOMC) reduziu a taxa de juros em 25 pontos-base, para 4,25%. Apesar do corte, a postura foi considerada mais rígida (hawkish), com revisões para cima nas projeções de juros, inflação e PIB para os próximos anos. Essa mudança impactou de forma significativa os mercados financeiros, levando a ajustes nos preços de ativos.
Nos Estados Unidos, o presidente eleito Donald Trump orientou deputados do Partido Republicano a rejeitarem uma medida que permitiria a continuidade dos gastos federais até março, exigindo cortes. Caso o Congresso não chegue a um acordo, o governo federal pode enfrentar um shutdown a partir de sexta-feira. No Japão, o Banco Central (BOJ) manteve os juros em 0,25%, apesar de um voto dissidente pedindo alta para 0,50%. O presidente do BOJ, Kazuo Ueda, adotou um tom mais moderado, indicando que novas altas de juros são menos prováveis no curto prazo.
Cenário Brasil
O Relatório Trimestral de Inflação (RTI), divulgado hoje pela manhã pelo Banco Central, mostrou aumento nas projeções de inflação para todo o horizonte relevante. As previsões para o crescimento do PIB foram ajustadas para 3,5% em 2024 e 2,1% em 2025.
Hoje, o Banco Central realiza uma coletiva às 11h, com a presença de Roberto Campos Neto, presidente atual, e Gabriel Galípolo, futuro presidente. O mercado estará especialmente atento às declarações sobre intervenções no câmbio e perspectivas para a política monetária, em um cenário de deterioração fiscal.