Hoje na Economia – 20/01/2021

Hoje na Economia – 20/01/2021

As principais bolsas de ações internacionais operam em alta, nesta manhã de quarta-feira. Investidores atentos à possibilidade de mais estímulos fiscais nos EUA, bem como animados pelos bons resultados corporativos que vêm sendo divulgados.

Nos Estados Unidos, o grande evento será a posse do presidente eleito, Joe Biden, que deve sinalizar esforços para ajudar uma economia enfraquecida pela pandemia de covid-19. Ontem, Janet Yellen, indicada para ocupar a Secretaria do Tesouro, reafirmou que o novo governo proporá ao Congresso um pacote fiscal no valor de US$ 1,9 trilhão, voltado principalmente a minorar os efeitos do elevado desemprego. Os índices futuros das principais bolsas de Nova York registram altas moderadas no momento: Dow Jones sobe 0,12%; S&P 500 avança 0,22%; Nasdaq tem alta mais expressiva (0,62%) por conta dos bons balanços divulgados por empresas de tecnologia. Os retornos das Treasuries não mostram direcional claro, nesta manhã. O juro pago pelo T-Bond de 10 anos recua menos de um ponto base para 1,09% ao ano. O dólar opera em queda frente às principais moedas, com o índice DXY do dólar situando-se em 90,41 pontos, com queda discreta de -0,09%.

Na Ásia, os mercados operaram entre altos e baixos nesta quarta-feira, sem direcional único. Na China, o índice Composto de Xangai apurou valorização de 0,47%. Em Hong Kong, o Hang Seng subiu 1,08%, com destaque para a ação do Alibaba (8,5%), após o fundador da empresa, Jack Ma, fazer sua primeira aparição pública em três meses. No Japão, o índice Nikkei encerrou a sessão com perda de 0,38% em Tóquio, com destaque para queda das ações relacionadas ao e-commerce e ao transporte. Pesou negativamente, também, a persistência de um número elevado de mortes por covid-19. Na Coreia do Sul, o índice Kospi registrou alta de 0,71% em Seul, puxada por papeis do setor eletrônico e automotivo. No mercado de moedas, o dólar é negociado a 103,79 ienes, contra 103,91 ienes de ontem à tarde.

Na Europa, o quadro não é diferente. Bolsas sobem em cima de balanços corporativos com resultados acima do esperado pelos analistas e de olho nos estímulos à economia americana que virão com o início do novo governo. O índice pan-europeu de ações, STOXX600, opera com alta de 0,54%, no momento. Entre os eventos locais, destaque para a acomodação da crise política na Itália, com o governo conseguindo superar a moção de censura, enquanto permanecem as preocupações com a pandemia de covid-19 e seus impactos na economia europeia. Em Londres, o FTSE100 flutua em torno da estabilidade, com o fortalecimento da libra ante ao dólar, o que pode prejudicar o setor exportador. Em Paris, o CAC40 sobe 0,47%; enquanto em Frankfurt, o DAX valoriza 0,61%. O euro é negociado a US$ 1,2122, ligeiramente abaixo do valor de US$ 1,2128 de ontem à tarde.

Dólar mais fraco, nesta manhã, e expectativas de estímulos fiscais nos EUA favorecem o mercado de petróleo. Os contratos futuros do produto tipo WTI para entrega em março é negociado a US$ 53,50/barril, com alta de 0,98%.

A reunião do Copom é o destaque na agenda doméstica, nesta quarta-feira. O colegiado deverá manter inalterada a taxa Selic, em 2,0% ao ano, como espera a ampla maioria dos analistas do mercado. O interesse maior estará voltado para o comunicado que será divulgado ao final do encontro. A dúvida é se o Copom removerá ou não o Forward Guidance, nesta reunião. Os DIs médios e longos acompanharão o ambiente político turbulento e as flutuações das Treasuries, enquanto os curtos ficarão à espera do comunicado do Copom.

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