Hoje na Economia 20/02/2014

Hoje na Economia 20/02/2014

Edição 976

20/02/2014

O comportamento dos principais mercados internacionais, nesta manhã, aponta para mais um dia em que prevalece a aversão ao risco. A seletividade dos investidores, privilegiando economias com fundamentos mais sólidos, parte da constatação de que o Fed deverá prosseguir com o "tapering" no ritmo atual (corte de US$ 10 bilhões por reunião do Fomc) combinado a novos sinais de enfraquecimento da economia chinesa.

Na Ásia, mercados operaram em baixa, com o índice MSCI Asia Pacific encerrando o dia com queda de 1,2%. Ante a um ambiente de busca por refúgio seguro, o iene se fortaleceu frente às principais moedas. O dólar é cotado a 101,93 ienes no momento, contra 102,40 de ontem à tarde. A bolsa de Tókio recuou com força (Nikkei caiu 2,15%) nesta quinta-feira após os fracos dados de manufatura da China renovarem o nervosismo com os mercados emergentes, alimentando o pessimismo dos investidores. Segundo o HSBC/Markit, o PMI-manufatura preliminar de fevereiro recuou para 48,3 (49,5 em janeiro), o menor patamar dos últimos sete meses. Na China, a bolsa de Xangai encerrou o dia com queda de 0,18%, enquanto em Hong Kong, o índice Hang Seng perdeu 1,19%.

Na Europa, os indicadores de atividade industrial (PMI-manufatura) preliminares de fevereiro mostraram que o setor perdeu força na Alemanha e França, lançando dúvidas quanto à sustentabilidade da moderada recuperação apresentada pela região do euro. O índice STOXX600 registra perda de 0,76% nesta manhã. Principais praças também operam no vermelho: Londres -0,49%; Paris -0,53% e Frankfurt -1,27%. O euro é negociado US$ 1,3699 contra US$ 1,3736 no final da tarde de ontem.

Nos Estados Unidos, será divulgada a inflação ao consumidor, alem de outros dados de atividade, que continuará refletindo uma demanda doméstica enfraquecida. Segundo o consenso do mercado, a inflação ao consumidor de janeiro deve acumular alta de 1,6% em doze meses, bem abaixo da meta de 2% perseguida pelo Fed. Os futuros das principais bolsas de ações operam em queda nesta manhã, com S&P registrando recuo de 0,13% e o D&J perdendo 0,14%. O juro da Treasury de 10 anos registrou leve recuo (situa-se em 2,71% no momento), acusando a busca por porto seguro, enquanto o dólar index apura alta de 0,19%.

No mercado de petróleo, o produto tipo WTI é negociado a US$ 103,32/barril, devolvendo parte dos ganhos recentes ante os sinais de enfraquecimento adicional da economia chinesa. Demais commodities também operam no vermelho: metais -0,56%; agrícolas -0,08%, metais precioso -0,60%.

Neste dia de maior aversão ao risco, prejudicando os ativos da maioria dos emergentes, a Bovespa deve acompanhar a tendência de queda apresentada pela maioria das bolsas internacionais. No mercado de juros e cambio, as atenções estarão voltadas para o anúncio oficial da meta de superávit fiscal primário para o corrente ano. Espera-se por algo que some esforços com o Banco Central no controle da inflação, reduzindo o ônus sobre a política monetária. Neste caso, ganham força as apostas em uma alta de 0,25 ponto percentual no Copom da semana que vem.

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