Hoje na Economia 20/03/2017

Hoje na Economia 20/03/2017

Edição 1727

20/03/2017

Mercados operam entre altos e baixos sem direcional claro, nesta manhã, enquanto investidores digerem notícias sobre a reunião do grupo das 20 economias mais industrializadas (G-20), encerrada no final de semana, que não trouxe nenhuma posição mais firme do grupo quanto à rejeição de práticas protecionistas.

Na Ásia, bolsas fecharam sem direção única, com liquidez reduzida devido ao feriado no Japão, que manteve os mercados locais fechados. Preocupações que os EUA adotem postura cada vez mais protecionista sob o comando de Donald Trump pesaram sobre os negócios na região. Na China, o Xangai Composto subiu 0,41%, diante de especulações de que Pequim pode voltar a sustentar os mercados com recursos estatais. Em Hong Kong, o Hang Seng teve alta de 0,79%, tocando o maior patamar em 19 meses pelo terceiro pregão seguido.

Nos Estados Unidos, o dólar permanece em queda frente às principais moedas, sustentando a mais longa trajetória descendente desde o rali que se seguiu à vitória de Donald Trump. O dólar índex recua 0,13%, com índice DXY atingindo o menor nível desde o final de janeiro. Frente á moeda japonesa, o dólar é cotado a 112,75 ienes, contra 112,70 ienes de sexta-feira à tarde. O euro, por sua vez, é negociado a US$ 1,0762, subindo em relação a US$ 1,0744 de sexta-feira. O juro pago pelo T-Bond de 10 anos permanece em queda, situando-se me 2,497% ao ano, nesta manhã. O índice futuro de ações do S&P 500 opera com queda de 0,10%.

Na Europa, mercados de ações mostram a mesma falta de tendência observada nos mercados asiáticos. O índice de ações regional STOXX600 registra queda de 0,17%, no momento. Em Londres, o FTSE100 perde 0,24%; em Paris, o CAC40 recua 0,39%; em Frankfurt, o DAX tem desvalorização de 0,29%.

Os futuros de petróleo operam em baixa, nesta manhã. Refletem a percepção de que a produção nos EUA continua em expansão, num momento em que a Opep e outros grandes produtores se esforçam para reduzir a oferta da commodity. O contrato futuro do petróleo tipo WTI, para entrega em maio, recua 1,29% nesta manhã, cotado a US$ 48,16/barril.

No front interno, as atenções na semana se concentrarão na atualização bimestral das despesas e receitas do Orçamento, na quarta-feira. O governo deve anunciar o contingenciamento (especula-se em algo em torno de R$ 65 bilhões) do orçamento, objetivando compensar a queda da receita prevista, diante da revisão para baixo do PIB. Delações da Odebrecht e o escândalo da carne também estarão no radar dos investidores. Na ausência de maiores surpresas e dada a fraca agenda externa, o dólar deve continuar oscilando ao redor de R$ 3,10/US$. No DIs, após as fortes quedas recentes, a expectativa é de acomodação, enquanto se aguarda pelo IPCA-15 de março, na quarta-feira. Petróleo em queda e commodities de lado podem deixar a Bovespa sem tendência definida, a curto prazo.

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