Hoje na Economia 20/05/2013

Edição 790

20/05/2013

Esta semana, á semelhança da passada, as discussões sobre os rumos da política monetária norte-americana devem continuar no centro das atenções. Expectativas de que a economia dos EUA seguirá se recuperando e manifestações mais conservadoras de dirigentes do Fed fizeram com que investidores passassem a apostar mais fichas na redução do programa de compra de ativos ainda neste ano. Desta forma, os principais drivers dos mercados, nesta semana, continuarão sendo os dados sobre atividade nos EUA e os sinais do Fed, que além da ata do Fomc, contará com discurso de Ben Bernanke no Congresso.

Hoje a agenda é pobre, levando os mercados a operarem entre altos e baixos sem uma direção definida. Na Ásia, os mercados fecharam em alta (MSCI Asia Pacific Index : +1.4%), motivados pelo avanço da confiança do consumidor americano, reforçando a expectativa de consolidação da recuperação da economia americana, e de bons resultados corporativos locais. No Japão, a bolsa de Tókio encerrou o dia com alta de 1,47%, voltando a patamares observados em 2007. A valorização do dólar, que se seguiu aos dados mais fortes do que o esperado do sentimento do consumidor americano, levaram o iene a romper a barreira dos 103 ienes por dólar, estimulando as ações das exportadoras. No momento, a moeda japonesa é cotada a 102,70 ienes por dólar. Na China, a bolsa de Xangai registrou valorização de 0,77%, refletindo os ganhos dos papeis das incorporadoras imobiliárias. Em Hong Kong, bolsa local subiu 1,78%.

Na Europa, o índice de ações pan-europeu opera próximo da estabilidade, o mesmo ocorrendo com a bolsa de Londres. Paris e Frankfurt registram valorizações de 0,23% e 0,48%, respectivamente. O euro é negociado a US$ 1,2854, nesta manhã, contra 1,2828 no final de sexta-feira. Da mesma forma, os futuros das principais bolsas americanas – S&P e D&J – operam praticamente estáveis.

No mercado de petróleo, o produto tipo WTI é negociado a US$ 95.43/barril, com queda de 0,61%, nesta manhã. Demais commodities também operam no vermelho, com metais recuando 0,43% e as agrícolas caindo 0,12%.

Em um dia sem um direcional claro, o Ibovespa deve seguir oscilando em torno dos 55 mil pontos, sem conseguir força para mudança de patamar. O dólar se enfraquece frente às principais moedas no dia de hoje (dólar index:-0,26%), o que poderá levar a alguma apreciação do real ao longo do dia. No mercado de juros, aumentaram as apostas em torno da aceleração do ritmo de aperto monetário, gerando altas expressivas dos DIs curtos. Mas a volatilidade permanece elevada, dadas às incertezas decorrentes de um ambiente em que a inflação começa a perder força e prevalecem movimentos de afrouxamento monetário na maior parte do mundo.

Superintendência de Economia
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