Hoje na Economia – 20/05//2022

Hoje na Economia – 20/05//2022

Os mercados ensaiam uma recuperação, nesta sexta-feira, tentando recuperar parte das perdas dos últimos pregões. As preocupações com a inflação elevada, políticas de aperto monetário e riscos de recessão global permanecem pesando sobre o sentimento dos investidores.

Na Ásia, reinou o otimismo, levando a maioria dos mercados a fechar em alta. O índice regional de ações, MSCI Asia Pacific registrou alta de 1,6%, na sessão de hoje. A decisão da China de reforçar sua política de estímulos à economia e aliviar as medidas de lockdowns em Xangai impulsionou o bom humor dos investidores. Na China, o índice Xangai Composto fechou com alta de 1,60%. O banco central da China (PBoC) reduziu a taxa de referência de longo prazo (LPR) em 15 pontos para 4,45%, enquanto a taxa de juro de curto prazo permaneceu em 3,70% ao ano. A intenção das autoridades chinesas é de sustentar a demanda por moradias em meio à crise do setor imobiliário chinês. No Japão, o índice Nikkei avançou 1,27% em Tóquio; o Hang Seng subiu 2,96% em Hong Kong. O sul-coreano Kospi teve ganho de 1,81% em Seul, enquanto em Taiwan, o Taiex subiu 0,78%.

Na Europa, os mercados acompanham a Ásia, operando em alta. O índice pan-europeu de ações, STOXX600, sobe 1,49%, eliminando as perdas acumuladas na semana, com destaque para as montadoras de automóveis e metais básicos. No Reino Unido, as vendas no varejo subiram 1,4% m/m em abril, batendo as projeções dos analistas (-0,3% m/m), enquanto na Alemanha a inflação ao produtor registrou alta anual de 33,5% em abril (30,9% em março), com destaque para alta dos preços de energia, que subiram 87,3% em relação a abril de 2021. No mercado de ações, em Londres, o FTSE100 sobe 1,76%; o CAC40 avança 1,16% em Paris; em Frankfurt, o DAX tem alta de 1,79%.

No mercado americano, os juros dos Treasuries operam em alta, subindo três pontos base para 2,87% ao ano, revertendo o movimento de baixa de ontem, que foi marcado por ativos considerados mais seguros, diante de temores de que a economia global esteja rumando para a recessão. O dólar voltou a ganhar terreno frente às principais moedas, recuperando parte das perdas de ontem. O índice DXY do dólar sobe 0,25% nesta manhã, a 102,98 pontos. O dólar avançava a 127,95 ienes, enquanto o euro caía a US$ 1,0582 (-0,06%) e a libra valorizava 0,06%, a US$ 1,2474, refletindo os bons números das vendas no varejo. Os índices futuros das bolsas de Nova York exibem altas firmes, abandonando as quedas de ontem, muito embora as preocupações com a inflação elevada e perspectivas de forte aperto monetário pelo Fed continuem pesando sobre o sentimento dos investidores. Neste momento, no mercado futuro, o Dow Jones sobe 0,98%; S&P 500 avança 1,20%; Nasdaq valoriza 1,62%.

Os contratos futuros do petróleo operam em baixa moderada, prevalecendo as preocupações sobre a fraqueza da economia global, que mais do que compensa as expectativas sobre eventual recuperação da demanda da China com o maior controle sobre a disseminação da covid-19 em Xangai. O contrato futuro do petróleo tipo WTI é negociado a US$ 111,65/barril, com queda de 0,50%, no momento.

O Ibovespa deve abrir em alta no pregão de hoje, refletindo não só a tendência positiva dos futuros americanos, como também a notícia sobre a redução dos juros na China para estimular a economia. O real e os juros devem oscilar entre margens estreitas dada a fraca agenda de hoje. Merece destaque a divulgação do Relatório Bimestral de Receitas e Despesas, que deverá cortar R$ 10 bilhões do orçamento para abrir espaço no teto dos gastos, para subsídios agrícolas e sentenças judiciais. Esse ajuste ainda não inclui o aumento de 5% aos servidores públicos prometido pelo presidente Bolsonaro.

Topo