Hoje na Economia 20/06/2016

Hoje na Economia 20/06/2016

Edição 1541

20/06/2016

Mercados de ações internacionais operam em alta nesta manhã, ao mesmo tempo em que moedas como a libra, o euro e as consideradas high-yield se valorizam frente ao dólar, enquanto o iene perde valor pela primeira vez nos últimos sete dias. Prevalece clima de maior apetite ao risco, estimulado pela percepção de que o Reino Unido deve permanecer na União Europeia, em linha com as últimas pesquisas de opinião divulgadas.

O mercado de ações europeu apresenta ganhos expressivos, nesta manhã. O índice pan-europeu de ações, STOXX600, registra valorização de 3,30%. Em Londres o índice FTSE100 sobe 2,68%; na França, o índice de ações CAC40 opera com alta de 3,16%, enquanto em Frankfurt, o DAX registra ganho de 3,30%, no momento. O euro avança 0,53% frente ao dólar, sendo cotado a US$ 1,1337, contrastando com o valor de US$1,1282 no final da tarde de sexta-feira.

Na Ásia, a possibilidade de o Reino Unido permanecer na União Europeia também favoreceu os ativos de maior risco, principalmente, as ações. O índice MSCI Asia Pacific subiu 1,7%, no pregão de hoje. No Japão, as ações de exportadoras ganharam com o enfraquecimento da moeda japonesa. O índice Nikkei fechou com alta de 2,34%. O iene perde 0,33%, ante ao dólar, nesta manhã, com a moeda americana sendo negociada a 104,76 ienes, contra 104,22 ienes no final de sexta-feira. Na China, as bolsas acompanharam a tendência de alta da região, mas mostraram ganhos mais modestos. O índice Composto de Xangai teve valorização de 0,13%. Em Hong Kong, o índice Hang Seng terminou o dia com avanço de 1,69%.

Nos Estados Unidos, o índice futuro de ações do S&P 500 opera com valorização de 1,27%, nesta manhã. O dólar recua frente aos seus principais pares, com o índice DXY situando-se em 93,646, com queda de 0,59%. O juro pago pelo T-Bond de 10 anos situa-se em 1,668% ao ano, com alta de 3,74%. Além do maior otimismo em relação ao "Brexit", estimula os investidores a percepção de que Janet Yellen, em seu testemunho semestral ante ao Congresso americano, que começa amanhã no Senado, não deverá trazer novidades em relação à falta de pressa do Fed de retomar a alta dos juros básicos.

No mercado de petróleo, o produto tipo WTI é negociado a US$ 48,71/barril, com alta de 1,52%. Demais commodities também operam em alta, com destaque para metais básicos (+0,47%) e agrícolas (+1,85%).

No mercado doméstico, o comportamento dos ativos deve espelhar o humor global, notadamente no câmbio. Caso as apostas na permanência do Reino Unido cresçam, o dólar deve se manter flutuando em torno de R$ 3,40/US$. Caso contrario, há possibilidade de a moeda voltar a se aproximar de R$ 3,50/US$, de olho também nos fatores locais. Na renda fixa, a curva de juros futuros deve continuar reduzindo a precificação de corte da Selic em julho e agosto, diante de pressões inflacionárias ainda elevadas e incertezas quanto ao ajuste fiscal.

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