Hoje na Economia 20/08/2014

Hoje na Economia 20/08/2014

Edição 1096

20/08/2014

Ante uma agenda econômica intensa, mercados aproveitam esta manhã para uma reavaliação. Não mostram fôlego para maiores avanços a partir dos ganhos recentes. Mas também não encontram motivos para uma forte correção. Desta forma, operam sem direcional único como denominador.

O dólar opera em alta consistente frente às principais moedas (dólar index: +0,25% no momento) influenciado pelos bons resultados apresentados pelo mercado imobiliário americano, bem como pela redução das tensões geopolíticas. Reascende-se, assim, especulações de que o Fed começará o aperto monetário antes que o mercado espera, impulsionando a moeda americana. São indicações neste sentido que os investidores esperam ler na ata da última reunião de mercado aberto do Fed (Fomc), que será divulgada hoje à tarde. Os juros longos, por outro lado, pouco se mexem. O yield do T-Bond de 10 anos permanece na casa dos 2,40% ao ano. No mercado de ações, expectativa de alguma correção nas bolsas americanas no dia de hoje, se prosseguir a tendência ditada pelos índices futuros do S&P e D&J, que registram quedas de -0,14% e -0,12%, respectivamente, no momento.

Na Europa, os mercados mostram leve correção, após dois dias de altas intensas. O índice de ações pan-europeu STOXX600 opera com queda de 0,12%, enquanto Londres perde 0,33%, Paris recua 0,44% e Frankfurt desvaloriza 0,48%. O euro troca de mãos a US$ 1,3283 recuando ante a US$ 1,3322 no fim da tarde de ontem. Investidores aguardam pela participação do Mario Draghi, presidente do banco central da zona do euro, no Simpósio de Jackson Hole, onde se espera que ele reforce as chances de implementação de um intenso programa de estímulo monetário para impulsionar a economia da região.

Na Ásia, o dia foi também de acomodação, após as altas dos últimos dias. O índice MSCI Asia Pacific encerrou o pregão em ligeira queda (-0,10%). No Japão, o índice Nikkei, que reúne as ações mais negociadas em Tókio, fechou próximo da estabilidade (+0,03%). O fortalecimento da moeda dos EUA ajudou as ações das empresas exportadoras, neutralizando movimentos de realização de lucros. A moeda americana é negociada a 103,33 ienes, contra 102,92 ienes no final da sessão de ontem. Na China, a bolsa de Xangai fechou com perda de 0,23%, mas em Hong Kong o índice Hang Seng apurou ganho de 0,15%.

No mercado de petróleo, entre altos e baixos, o produto tipo WTI flutua em torno de US$ 95,50/barril, com ganho de 1,02%, nesta manhã. Nas demais commodities, destaque para as metálicas, que registram ganho de 0,73%, no momento.

No mercado doméstico, a agenda prevê a divulgação do IPCA-15 de agosto, que deverá registrar inflação de 0,15%, segundo o consenso do mercado. Um resultado mais fraco deverá reforçar a convicção de que a Selic permanecerá estável, pelo menos, até o final deste ano. No mercado de câmbio, expectativa em relação à ata do Fed deve manter um dólar em alta diante do real. No mercado de ações, continuará prevalecendo especulações em relação à corrida eleitoral, ditando a tendência para a Bovespa.

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