Hoje na Economia 20/10/2015

Hoje na Economia 20/10/2015

Edição 1380

20/10/2015

Mercados financeiros operam em baixa pela manhã. Na Ásia, houve queda nas principais bolsas, com o índice MSCI Ásia Pacífico recuando 0,1%. A bolsa de Xangai teve alta de 1,1%, mas a bolsa de Hong Kong teve queda de 0,4%. O índice Nikkei225 de Tóquio teve alta de 0,4%. Houve queda nas ações de mineradoras com a perspectiva de queda de arrefecimento do rally das últimas semanas, que já recuperou US$ 4 trilhões dos US$ 7 trilhões destruídos nas bolsas desde agosto. Há a perspectiva de que o rally possa estar no fim, uma vez que o preço das empresas já andou bastante, mas sem a perspectiva de receita ou lucros subir junto.

Na Europa, as bolsas operam todas em queda. A bolsa de Londres recua 0,45%, a de Paris 0,92% e a de Frankfurt 0,60%. O índice pan-europeu STOXX600 cai 0,73%. Hoje foi divulgada a pesquisa de crédito da Zona do Euro, que mostrou melhora nas condições de crédito, mostrando os resultados do QE já existente. Isso diminuiu as apostas que existiam de aumento do QE na reunião dessa semana do ECB, levando o euro a se valorizar (0,50%, cotado a US$/€ 1,1383) e as bolsas a cair.

Os preços das commodities estão em ligeira alta, com o índice da Bloomberg subindo 0,06%, mas com queda nas commodities metálicas e no preço do petróleo tipo Brent, -0,19%, cotado a US$ 48,52/barril.

Nos Estados Unidos, hoje o dia não tem muitos indicadores para sair, apenas com alguns dados de housing (início de novas construções e licenças para construção), que devem ter pouco impacto nos mercados. O índice futuro do S&P 500 cai 0,38%, enquanto o dólar se deprecia 0,25% no índice DXY. Os juros de 10 anos estão em ligeira alta, a 2,035% a.a., mas num patamar ainda baixo e com poucas apostas de alta neste ano.

No Brasil, já saiu o IGP-M 2º decêndio, que ficou em 1,86%, contra expectativa de 1,75%. A inflação medida pelo IPC-FIPE da 2ª quadrissemana também ficou acima do esperado (0,89% contra 0,81%). O cenário fiscal segue sendo fonte de preocupação, com notícias de aumento de gastos este ano devido à possibilidade do governo federal ter de anular as "pedaladas" feitas no passado, para se adequar às imposições do TCU. Os juros futuros devem abrir em alta hoje, devido à inflação acima do esperado e perspectiva de piora no resultado fiscal. A bolsa deve ter queda hoje, acompanhando o movimento global, enquanto o real pode se apreciar levemente, acompanhando moedas de países exportadores de commodities.

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