Hoje na Economia – 20/10/2021

Hoje na Economia – 20/10/2021

Os principais mercados acionários operam entre altos e baixos, nesta quarta-feira, sem um direcional comum. Os investidores seguem atentos aos resultados corporativos, o que tem surpreendido positivamente, atenuando os temores quanto à lenta retomada da economia global, em meio a crescentes pressões inflacionárias decorrentes dos custos da energia e perspectivas de redução do apoio monetário pelos bancos centrais.

Na Ásia, as bolsas operaram sem um denominador comum. O índice regional de ações MSCI Asia Pacific fechou com alta de 0,7%, com destaque para a empresa Alibaba, cujas ações valorizaram 12%. A bolsa de Hong Kong foi o destaque, tendo o índice Hang Seng registrado valorização 1,35%, impulsionado pelos papéis de tecnologia, em meio à percepção de que o momento mais agudo da onda regulatória da China sobre o setor de tecnologia já ficou para trás. Na China, o banco central (PBoC) manteve os juros de referência para empréstimos de curto e longo prazo nos níveis atuais pelo 18º mês consecutivo. Eventual relaxamento monetário deverá vir por meio de corte dos compulsórios bancários. No mercado de ações, o índice Xangai Composto recuou 0,17% na sessão de hoje. No Japão, o índice Nikkei subiu 0,14% em Tóquio, enquanto o sul-coreano Kospi caiu 0,53% em Seul; em Taiwan, o Taiex registrou baixa marginal de 0,08%.

Na Europa, as bolsas também mostram resultados mistos. O índice pan-europeu de ações, STOXX600 tem alta marginal de 0,11%, no momento, refletindo os balanços positivos divulgados pela Nestle AS e Deliveroo Plc. Em Londres e Paris, os mercados operam em baixa, registrando quedas de -0,10% e -0,11%, respectivamente. Já em Frankfurt, o DAX mostra valorização de 0,18%, nesta manhã. A inflação ao consumidor (CPI) da zona do euro subiu 3,4% em setembro diante de igual mês do ano passado, acelerando em relação à inflação de 3,0% observada em agosto. O resultado, que veio em linha com o projetado pelo mercado, é o mais alto desde setembro de 2008 e se distanciou ainda mais da meta de 2% buscada pelo Banco Central Europeu (BCE).

As principais bolsas de Nova York operam perto da estabilidade, nesta manhã. O índice futuro do Dow Jones sobe discretos 0,05%; S&P 500 registra alta de 0,02%; Nasdaq recua -0,06%, enquanto investidores aguardam pelos resultados da IBM; Tesla e Verizon. Os juros dos T-Bonds de 10 anos flutuam em torno de 1,64% ao ano, enquanto o índice DXY do dólar sobe 0,09%, no momento, situando-se em 93,82 pontos. O euro é cotado a US$ 1,1624/€, desvalorizando 0,08%; a libra vale US$ 1,3769/£, depreciando 0,20%. A moeda japonesa é negociada a 114,43¥/US$, caindo 0,04%. Ainda no dia de hoje, vários dirigentes do Fed devem se manifestar e o Fed divulga o Livro Bege sobre as condições econômicas regionais.

No mercado de petróleo as cotações recuam após a American Petroleum Institute (API) reportar aumento nos estoques estratégicos americanos da commodity. O contrato futuro do produto tipo WTI para dezembro recua 0,84% no momento, negociado a US$ 82,26/barril.

No ambiente doméstico, os investidores continuarão atentos à queda de braço entre os integrantes do Ministério da Economia e a ala política do governo, que continua pressionando para que a maior parte do novo programa de assistência social (Auxílio Brasil e extensão do Auxílio Emergencial) fique fora do teto dos gastos. Esse impasse deve continuar azedando o humor dos investidores, mantendo um clima negativo para os ativos nesta quarta-feira.

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