Hoje na Economia – 20/11/2020

Hoje na Economia – 20/11/2020

Principais bolsas internacionais operam em alta moderada, sem muita convicção, em meio às preocupações com os efeitos da segunda onda de coronavírus na Europa, EUA e partes da Ásia sobre a recuperação da economia global. Nesse sentido, as dúvidas quanto aos estímulos econômicos nos EUA também minam a confiança dos investidores. Se por um lado há expectativa quanto algum entendimento entre os senadores republicanos em relação ao novo pacote fiscal, por outro pesa o fato de o secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, ter informado ao Fed que não renovará os programas de apoio ao crédito que terminam em 31 de dezembro, contrariando os discursos do presidente da instituição, Jerome Powell.

Na Ásia, as bolsas locais fecharam sem direcional único. O índice regional de ações MSCI Asia Pacific se valorizou 0,20% no pregão de hoje. No Japão, aumentam as preocupações com o avanço do covid-19, onde novos casos de infecções têm aumentado num ritmo de 2 mil por dia, o que deve levar a retomada de medidas fortes de restrição social. O índice dos gerentes de compras (PMI) composto de novembro cedeu para 47, mergulhando na zona da contração, em linha com uma inflação ao consumidor de -0,4% nos últimos doze meses até outubro. No mercado de ações, o índice Nikkei fechou com queda de -0,42%. Na China, o índice Xangai Composto subiu 0,44%, favorecido pelo novo programa governamental de estímulo à compra de automóveis. Em Hong Kong, o índice Hang Seng registrou avanço de 0,36%, enquanto o sul-coreano Kospi subiu 0,24% em Seul. No mercado de moeda, o dólar se mantém estável em torno do valor de 103,79 ienes.

A expectativa de que parte da liquidez, que vem dando sustentação às bolsas e ativos em geral, pode ser reduzida em breve empurra os futuros dos principais índices de ações da bolsa de Nova York para o vermelho, apontando para uma abertura em queda. O índice futuro do Dow Jones recua -0,43%; S&P 500 cai -0,36%; Nasdaq tem perda marginal de -0,06%, no momento. O juro pago pelo T-Note de 10 anos situa-se em 0,83% ao ano, enquanto o índice DXY do dólar encontra-se estável, flutuando em torno do nível de 92,34 pontos.

Na Europa, as principais bolsas da região abriram em alta. O índice pan-europeu de ações, STOXX600, opera com ganho de 0,34%, nesta manhã. Em Londres, o FTSE100 sobe 0,23%; o CAC40 avança 0,36% em Paris; em Frankfurt, o DAX tem alta de 0,21%. No Reino Unido, as vendas do comércio subiram 1,2% em outubro, superando as projeções de 0,4% efetuadas pelo mercado. Essa surpresa deu fôlego à libra que avançou para US$ 1,3278, contra US$ 1,3271 de ontem à tarde. O euro, por sua vez, se desvaloriza -0,13% ante ao dólar, sendo cotado a US$ 1,1860.

No mercado de petróleo, os contratos futuros operam com ligeiro viés de queda, diante das dúvidas quanto aos estímulos econômicos nos EUA. O contrato futuro do petróleo tipo WTI para janeiro é negociado a US$ 41,69/barril, com queda de -0,12%.

No âmbito interno, investidores devem repercutir as falas do Ministro da Economia, Paulo Guedes, em evento ontem à noite, quando afirmou que “a lógica é simples: a dívida tem que cair, e a maneira de fazer isso é vender ativos, privatizar, desalavancar os bancos públicos e até vender um pouco de reservas”. A repercussão dessas palavras deve levar o dólar a abrir em queda, nesta sexta-feira. Os juros futuros devem recuar, enquanto a Bovespa deve abrir em baixa acompanhando os futuros de ações das bolsas americanas.

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