Hoje na Economia 21/02/2013

Edição 731

21/02/2013

Prevalece forte aversão ao risco nesta manhã, refletindo em quedas acentuadas na maioria das bolsas de valores, em valorização do dólar e queda nos preços das commodities e petróleo. Repercute sobre os investidores a possibilidade de redução no ritmo de compra de ativos pelo Fed em futuro próximo, aventada por boa parte de seus membros, conforme a ata do último Fomc divulgada ontem.

O dólar avança frente às principais moedas (dólar index +0,44%), enquanto o juro pago pela treasury de 10 anos recuou para 1,983% ao ano. Os índices futuros das principais bolsas americanas operam no vermelho, com S&P recuando 0,31% e D&J registrando -0,30%. Na agenda, destaque para a inflação ao consumidor (CPI) de janeiro, que deverá ficar em 1,6% (YoY), conforme o consenso do mercado. O núcleo do CPI deve ter acumulado inflação de 1,8% em janeiro, em termos anuais (YoY).

Na Europa, a divulgação dos índices preliminares dos gerentes de compras (PMI), referentes a fevereiro, reforçou o quadro de retração da atividade na região, onde a Alemanha mostra melhora no ritmo da atividade, mas a França parece mergulhar cada vez mais na recessão. O índice pan-europeu de ações, STOXX600 registra queda de 1,15% nesta manhã, enquanto Londres, Paris e Frankfurt recuam 1,45%, 1,40% e 1,48%, respectivamente.

Na Ásia, os mercados também registraram forte baixa no dia de hoje. O índice MSCI Asia Pacific fechou com queda de 1,5%, em meio a preocupações de que o Fed começará a cortar o seu programa de estímulo monetário. Na China, a bolsa de Xangai recuou 2,97%, com investidores temendo novas medidas que limitem os investimentos no mercado imobiliário. Hong Kong, o índice Hang Seng apurou desvalorização de 1,72%. No Japão, a bolsa de Tókio não resistiu a movimento de realização de lucros, como Nikkei fechando com queda de 1,39%. No mercado de moedas, o dólar é cotado a 93,25 ienes, contra 93,58 ienes na tarde de ontem. O euro é negociado a 123,06 ienes.

No mercado de petróleo, o aumento dos estoques do produto nos EUA derruba o preço do tipo WTI, que é negociado a US$ 94,13/barril, com que de 1,18%, nesta manhã, Demais commodities, as metálicas perdem 1,52% no momento, enquanto agrícolas caem 0,67%.

Neste dia em que prevalece claro ambiente de aversão ao risco, derrubando bolsas, petróleo e commodities em geral, a Bovespa deverá caminhar para o sétimo pregão consecutivo de queda. No mercado cambial, a busca por porto seguro favorece o dólar ante as demais moedas. Essa tendência deverá também prevalecer ante ao real, que deverá sofrer perdas ante a moeda americana. No mercado de juros futuros, os vencimentos mais longos da curva deverão ser afetados pela ambiente de maior risco que prevalece hoje nos mercados internacionais. Os vencimentos curtos devem sofre ligeiras oscilações, com o investidor esperando pelo IPCA-15 de fevereiro, que será divulgado amanhã, para então definir a sua estratégia.

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