Hoje na Economia – 21/03/2022

Hoje na Economia – 21/03/2022

A semana não começa muito favorável aos ativos de risco em geral. Os futuros das bolsas americanas e a abertura na Europa apontam para um dia volátil com viés de baixa. Os investidores monitoram os esforços diplomáticos que coloquem um ponto final na guerra entre Rússia e Ucrânia, ao mesmo tempo que as cotações do petróleo voltam a subir com força.

Na Ásia, a maioria das bolsas de ações fechou em baixa. Pesou a decisão do banco central da China (PBoC) de manter suas principais taxas de juros inalteradas pelo segundo mês consecutivo, contrariando as expectativas dos analistas, que apostavam em uma flexibilização na reunião de hoje. O índice regional de ações, MSCI Asia Pacific registrou queda de 0,20% nesta segunda-feira. Na China, contudo, as empresas farmacêuticas receberam licença para desenvolver genéricos para tratamento oral para covid-19, estimulando as ações do setor, levando o índice Xangai Composto a apurar alta marginal de 0,08%. Em Hong Kong, o Hang Seng caiu 0,89%; o sul-coreano Kospi recuou 0,77% em Seul, interrompendo três sessões positivas, enquanto o Taiex valorizou 0,59% em Taiwan. No Japão, a bolsa de Tóquio não operou por conta de feriado.

Na Europa, as bolsas mostram facas oscilações, entre altos e baixos, diante da falta de avanços concretos nas negociações de paz entre Rússia e Ucrânia. O índice pan-europeu, STOXX600, opera com alta discreta de 0,03%, no momento, com os ganhos com ações do setor de energia sendo compensados pelas quedas nos papéis de viagens e lazer. Em Londres, o FTSE100 exibe alta de 0,49%; o CAC40 tem alta marginal de 0,08% em Paris; em Frankfurt, o DAX opera em torno da estabilidade.

No mercado americano, os juros dos Treasuries de mais longo prazo operam em alta, nesta segunda-feira. O rendimento do T-Bond de 10 anos sobe quatro pontos base para 2,19% ao ano. O dólar opera estável em relação às moedas fortes. O índice DXY situa-se em 98,21 pontos, exibindo fracas oscilações em torno desse patamar. O euro exibe alta de 0,08% ante a moeda americana, cotado a US$ 1,1058/€; enquanto a libra é negociada a US$ 1,3148/£, depreciando 0,23%. Na agenda de hoje, expectativa em torno de mais comentários de dirigentes do Fed, que podem agregar mais informações sobre a decisão de política monetária da semana passada. Destaque para a manifestação de Jerome Powell, em evento hoje às 13hs. Os índices futuros das bolsas de Nova York operam em baixa, nesta manhã, após acumularem fortes ganhos na semana passada. O índice futuro do Dow Jones recua 0,26%, no momento; S&P 500 cai 0,16%; Nasdaq desvaloriza 0,31%.

Os contratos futuros do petróleo exibem altas significativas nesta manhã, ampliando os ganhos da semana passada. Pesam sobre esse mercado a falta de progresso nas negociações de paz entre Rússia e Ucrânia e o ataque ocorrido nas instalações petrolíferas na Arábia Saudita, no fim de semana. O contrato futuro do petróleo tipo WTI para maio sobe 3,40%, no momento, sendo cotado a US$ 108,40/barril.

No mercado doméstico, com foco nas pressões inflacionárias, os investidores ficarão atentos à divulgação da ata do Copom amanhã e o Relatório de Inflação na quinta, para calibrar apostas em que patamar a Selic estará quanto terminar o atual ciclo de ajuste monetário. O Ibovespa deve abrir sem direcional claro, em linha com as bolsas internacionais. O real pode se apreciar, enquanto os juros futuros podem subir com riscos de altas inflacionárias por conta da elevação dos preços do petróleo.

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