Hoje na Economia 21/06/2017

Hoje na Economia 21/06/2017

Edição 1790

21/06/2017

Em um dia de fraca agenda de indicadores econômicos, mercados de ações globais operam em queda acentuada, levados, principalmente, pelo mergulho dos preços do petróleo em razão do excesso de oferta. O iene mostra tenência de alta, enquanto a libra esterlina permanece em queda, diante do início do governo minoritário de Theresa May.

Na Europa, bolsas de ações dão sequência ao movimento de baixa de ontem. As quedas repercutem o forte recuo das cotações do petróleo, bem como a má performance das ações dos bancos, após o presidente do Banco da Inglaterra (BoE) descartar a possibilidade de um aperto monetário, no momento. O índice pan-europeu de ações STOXX600 recua 0,78% nesta manhã, seguido pelas principais bolsas da região: Londres -0,34%; Paris -1,08%; Frankfurt -0,61%. O euro avança para US$ 1,1146 de US$ 1,1133 no final da tarde de ontem em Nova York.

Na Ásia, bolsas fecharam sem sinal único. O índice Nikkei da bolsa de Tóquio fechou o dia com queda de 0,45%, refletindo o fortalecimento do iene durante o pregão, derrubando os preços das ações de exportadoras. O dólar é negociado a 111,13 ienes no momento, contra 111,45 ienes de ontem à tarde. Na China mercados de ações fecharam em alta, após o índice dos mercados emergentes da MSCI anunciar a inclusão de ações listadas em Xangai e Shenzhen em seus principais índices. O índice Composto de Xangai encerrou o pregão com alta de 0,52%.

No mercado americano, os futuros dos principais índices de ações sinalizam para mais um dia de quedas. Os futuros do Dow Jones e S&P 500 operam com baixas de 0,11% e 0,29%, respectivamente, neste momento. O juro pago pelo T-Bond de 10 anos cai a 2,147% ao ano de 2,158% ao ano na tarde de ontem. O dólar mostra ligeiro recuo frente às principais moedas, enquanto ouro retoma a alta, após cinco sessões em baixa.

Os contratos futuros de petróleo prosseguem em baixa, nesta manhã, após as quedas pronunciadas de ontem, No momento, o contrato futuro para entrega em agosto do WTI é cotado a US$ 43,18/barril, com queda de 0,76%. A perspectiva de manutenção do excesso de oferta nos mercados, com os esforços de contenção da produção efetuados pela Opep sendo mais que neutralizados pelo aumento da produção nos EUA, empurrou a cotação da commodity para um mercado de baixa (bear market).

No mercado doméstico, a previsão é de mais um dia de queda para a Bovespa. Refletirá não só os efeitos do recuo dos preços do petróleo, mas também o mau humor que tomou conta dos agentes após os sinais de perda de força do presidente Temer no Congresso, após a derrota da reforma trabalhista na Comissão de Assuntos Sociais do Senado. O revés de ontem, mostrando a diminuição da capacidade de articulação política do governo, aumentou as dúvidas em relação à aprovação da reforma da Previdência. Esse clima de desconfiança alimenta a valorização do dólar e mantém pressionada a curva de juros futuros, principalmente, nos vencimentos mais longos.

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