Hoje na Economia 21/07/2017

Hoje na Economia 21/07/2017

Edição 1813

21/07/2017

Os preços dos bonds soberanos sobem, bem como a moeda comum europeia, em meio ao agravamento das complicações políticas enfrentadas pelo presidente dos EUA, Donald Trump, e pelos sinais dados pelo Banco Central Europeu, que deve iniciar a redução de seu programa de compra de ativos (tapering) em algum momento à frente.

O índice DXY, que segue o valor da moeda americana frente a uma cesta de moedas, encontra-se em 94,145 nesta manhã, o menor patamar dos últimos quase dez meses. O juro do T-Bond recua para 2,44% ao ano de 2,266% observado ao longo da tarde de ontem. Os futuros dos índices de ações S&P500 e Dow Jones mostram variações discretas: +0,08% e +0,02%, respectivamente.

As bolsas asiáticas operaram em baixa o pregão desta sexta-feira, em um dia de baixo volume de negócios. No Japão, os volumes negociados caíram com investidores preferindo ficar à margem, após o Banco de Tóquio deixar inalterada sua política monetária e sugerir que não tem pressa para retirar os estímulos atuais. Com a desvalorização global do dólar, o fortalecimento do iene derrubou o mercado de ações. O índice Nikkei fechou com queda de 0,22%. A moeda americana é cotada a 111,71 ienes, recuando frente ao valor de 112,20 ienes de ontem à tarde. Na China, mercados tiveram leves perdas, interrompendo uma sequência de três pregões positivos. O Xangai Composto fechou com queda de 0,21%. Em Hong Kong, o índice Hang Seng teve perda de 0,13%.

Na Europa, o euro é cotado a US$ 1,1643, no momento, após ter atingido o maior patamar dos últimos 23 meses, no inicio dos negócios europeus. Na semana, a moeda comum se valorizou 1,6% frente à moeda americana. Nos mercados de ações, em dia de fraca agenda, o fortalecimento do euro prejudica os papeis de exportadoras. O índice pan-europeu de ações, STOXX600, opera com queda de 0,15% no momento, após abrir a sessão em alta. Em Londres, o índice FTSE100 opera em torno da estabilidade. Em Paris e Frankfurt, o CAC40 e o DAX registram desvalorizações de 0,35% e 0,27%, respectivamente.

No mercado de petróleo, as cotações da commodity recuperam parte das perdas de ontem. O produto tipo WTI é negociado a US$ 47,11/barril, com alta de 0,43%, nesta manhã.

No mercado doméstico, o governo anunciou ontem corte adicional de R$ 5,9 bilhões no orçamento de despesas públicas, além de elevar o PIS/Cofins sobre combustíveis, visando uma receita adicional de R$ 10, 3 bilhões neste ano. Uma ação ousada para um governo impopular. Investidores devem receber bem esse esforço em buscar manter o déficit fiscal primário na meta de R$ 139 bilhões, estabelecida para este ano. Isso deve favorecer o real frente ao dólar, que já derrete no mercado internacional, e consolidar as apostas que o Copom deve reduzir a Selic para 9,25%, na próxima quarta-feira.

Topo