Hoje na Economia 21/08/2015

Hoje na Economia 21/08/2015

Edição 1342

21/08/2015

A economia chinesa continua perdendo fôlego, trazendo preocupações quanto à sustentação do crescimento global, alimentando a aversão ao risco no dia de hoje. Moedas dos emergentes em geral – da Rússia ao México passando pelas asiáticas – perdem frente ao dólar americano, enquanto o franco suíço e o iene estão entre os grandes ganhadores.

Na China, foi divulgado o índice dos gerentes de compras (PMI) do setor manufatureiro que registrou 47,1 na leitura prévia de agosto, segundo o Caixin, sendo o pior resultado dos últimos seis anos. O indicador veio abaixo do dado de julho (47,8) e do consenso (48,2). As bolsas da Ásia fecharam com perdas acentuadas. O índice Composto de Xangai encerrou o pregão com queda de 4,27%, enquanto o Hang Seng de Hong Kong perdeu 1,53%. Sinais de desaceleração na China e perspectivas econômicas também mais fracas nos EUA levaram a bolsa de Tókio a registrar sua maior queda semanal desde abril de 2014. O índice Nikkei apurou perda de 2,98% no dia, acumulando prejuízo de 5,3% na semana. O iene se beneficia do clima de aversão ao risco. O dólar é cotado a 122,93 ienes, contra 123,37 ienes no final da tarde de ontem.

Na Europa, o índice STOXX600 opera em baixa de 0,88%, no momento. Londres perde 0,77%; Paris recua 0,66% e Frankfurt cai 0,43%. As quedas eram mais acentuadas na abertura dos negócios, sendo atenuadas depois da divulgação dos índices de gerentes de compras da região, mostrando um desempenho para o setor industrial melhor do que o esperado pelos analistas. No mercado de moedas, o euro troca de mãos a US$ 1,1284, acima de US$ 1,1240 de ontem à tarde.

No mercado americano, o índice futuro de ações do S&P opera com queda de 0,09%, enquanto o futuro do D&J registra perda de 1,67%, no momento. O dólar perde frente às moedas fortes, levando o índice DXY a 95,528, com queda de 0,48% no momento. O juro pago pela Treasury de 10 anos situa-se em 2,08%.

No mercado de petróleo, a tendência de queda nos preços do produto permanece, à medida que o excesso de oferta, que levou as cotações para o menor nível dos últimos seis anos, não deve retroceder tão cedo. Nesta manhã, o produto tipo WTI é negociado a US$ 41,10/barril, com queda de 0,53%.

O forte clima de aversão ao risco que predomina nos mercados, afetando negativamente os ativos dos emergentes e derrubando os preços do petróleo, não deve favorecer o mercado de ações brasileiro. O dólar deve seguir pressionado, seguindo a tendência internacional de valorização ante as moedas emergentes, o que deverá elevar os vencimentos mais longos da curva de juros futuros. Será divulgado, logo mais, o IPCA-15 de agosto que deverá mostrar desaceleração da inflação em relação aos meses anteriores. A variação deverá fica em 0,43% (0,59% em julho), acumulando alta de 9,57% em doze meses.

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