Hoje na Economia 21/09/2018

Hoje na Economia 21/09/2018

Edição 2102

21/09/2018

Sentimento otimista prevalece nesta sexta-feira, estimulando a busca por ativos de risco, sustentada pela percepção de que o crescimento da economia mundial não será afetado pela guerra comercial, como também pela recuperação dos ativos das economias emergentes, após a queda do dólar nas últimas semanas.

Na Ásia, mercados operaram em alta, fechando a semana com o maior ganho em sete meses. Indicações de que a economia americana mantém forte dinamismo e sinais de que a o governo da China deve reduzir as tarifas de importações das principais economias sustentam o apetite ao risco na região. O índice MSCI Asia Pacific subiu 0,50%, no pregão de hoje. Na China, a bolsa de Xangai fechou com valorização de 1,77%, encerrando a melhor semana desde 2016. Em Hong Kong, o índice Hang Seng subiu 1,73%, impulsionado pela força dos mercados da China. No Japão, o índice Nikkei apurou ganho de 0,82%, com destaque para os papeis do setor financeiro, O Banco do Japão (BoJ) anunciou redução nas compras de papeis de 25 anos, elevando os yields dos títulos de 10 anos e 30 anos, em um sinal de que o ambiente de elevada liquidez começa a chegar ao fim. O iene perdeu força diante do dólar. A moeda americana é cotada a 112,72 ienes, contra 112,43 ienes de ontem à tarde. Na Coreia do Sul, o índice Kospi subiu 0,68%; em Taiwan, o Taiex fechou com alta de 1,30%.

Na Europa, o índice pan-europeu de ações, STOXX600 registra valorização de 0,41% nesta manhã, caminhando para fechar aquela que foi a melhor semana dos últimos seis meses. No mercado de renda fixa, a remuneração dos títulos soberanos europeus recuou após a notícia de que a redução das exportações impactou negativamente sobre a atividade industrial da região. Segundo a IHS Markit, o índice de gerentes de compra (PMI) composto da zona do euro recuou de 54,5 em agosto para 54,2 na preliminar de setembro, vindo abaixo da previsão dos analistas (54,4). Uma das maiores frustrações foi com a Alemanha: o PMI caiu de 55,6 para 55,3, contra 55,7, esperado pelos analistas. Nas demais praças, as bolsas operam em alta, embaladas pelo sentimento positivo dos demais mercados acionários do mundo: Londres sobe 0,96%; Paris avança 0,67%; Frankfurt valoriza 0,63%. O euro troca de mãos a US$ 1,1779 de US$ 1,1784 do final da tarde de ontem.

No mercado americano, o juro pago pelo T-Bond de 10 anos tem alta para 3,078% – o mais alto dos últimos oito meses – de 3,065% de ontem à tarde. O dólar mostra certa estabilização frente às principais moedas após as quedas recentes, enquanto os futuros de ações da bolsa de Nova York apontam para uma abertura em alta firme. No momento, o futuro do índice Dow Jones sobe 0,21%; do S&P 500 avança 0,12%; Nasdaq tem valorização de 0,14%.

No mercado de petróleo, o contrato futuro do produto tipo WTI é negociado a US$ 70,75/barril, com alta de 0,61% no momento, caminhando para a segunda semana consecutiva de valorização. Investidores estão à espera da reunião da Opep e outros grandes produtores que ocorrerá na Argélia, que devem discutir medidas para equilibrar o mercado.

A Bovespa e o dólar podem se beneficiar do otimismo que prevalece nos mercados internacionais, ainda que a insegurança em relação às pesquisas eleitorais imponha certa cautela aos investidores. Hoje o IBGE divulga o IPCA-15 de setembro, que deve mostrar inflação de 0,17% no mês e 4,35% em doze meses, segundo o consenso do mercado.

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