Hoje na Economia – 21/09/2023

Hoje na Economia – 21/09/2023

Cenário Internacional

Ontem, o FOMC manteve o intervalo das Fed Funds Rates (FFR) estável em 5,25%-5,50%, conforme amplamente esperado pela SulAmérica Investimentos e pelo consenso de mercado. O comunicado trouxe poucas alterações em relação à versão da reunião anterior, mantendo a avaliação de resiliência da atividade e de que o comitê segue atento aos efeitos acumulados e defasados do aperto monetário no que tange a extensão do ciclo. A mediana das projeções dos membros do comitê para a taxa de juros ao final deste ano segue incorporando uma alta de juros adicional, em linha com nosso cenário base, enquanto a mediana para 2024 subiu para 5,0%, sugerindo menos espaço para cortes no ano que vem. No todo, a leitura é de que a pausa em setembro teve tom hawkish, reforçando a necessidade de juros em patamar mais restritivo por mais tempo.

O Banco da Inglaterra (BoE) manteve a taxa básica de juros estável em 5,25% em decisão dividida, surpreendendo a expectativa mediana dos analistas de mercado, que esperavam uma alta de 25 pb, para 5,50%. No comunicado, o BoE continuou sinalizando que a política monetária deve permanecer em terreno contracionista por período suficientemente longo a fim de garantir a convergência da inflação à meta de 2,0%, que segue em patamar elevado e incompatível com o cumprimento da meta.

Hoje a agenda internacional conta com a divulgação de dados de atividade nos EUA e na Zona do Euro. Serão divulgados os pedidos semanais de seguro-desemprego, o índice de atividade do Fed da Filadélfia de setembro, além das vendas de casas existentes em agosto e o indicador antecedente referente a agosto. Também sai a leitura prévia do índice de confiança do consumidor para setembro na Europa.

 Cenário Brasil

No âmbito local, o COPOM cortou a meta para a taxa Selic em 50 pb, de 13,25% para 12,75% ao ano, em linha com o esperado pela SulAmérica Investimentos e pelo consenso de mercado. No comunicado, o comitê reconheceu o aumento das incertezas associadas ao ambiente externo, além das surpresas positivas de atividade na economia local, de modo que houve revisão para cima das projeções de inflação ao longo do horizonte relevante. A projeção do comitê para a inflação de 2023 subiu de 4,9% para 5,0%, enquanto a de 2024 subiu de 3,4% para 3,5% e a de 2025 saiu de 3,0% para 3,10%. O balanço de riscos permaneceu em linha com o anterior, mas o comunicado incluiu um parágrafo reforçando a necessidade de cumprimento das metas fiscais por parte do governo. Em termos de sinalização, o comitê manteve o guidance unânime de que o ritmo atual de flexibilização monetária deve ser mantido nas próximas reuniões. Vale o destaque de que a divulgação da ata da reunião, na próxima semana, será importante do ponto de vista de maior detalhamento quanto ao diagnóstico dos membros do comitê acerca das dinâmicas de inflação e de crescimento.

Para hoje, ainda serão divulgados os dados referentes à arrecadação federal de agosto.

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