Hoje na Economia – 21/10/2020

Hoje na Economia – 21/10/2020

As bolsas recuam na Europa e em Nova York, nesta quarta-feira, enquanto os investidores esperam que o governo dos EUA e a oposição democrata consigam fechar um acordo sobre um novo pacote fiscal para atenuar os efeitos econômicos do coronavírus.

Os juros das Treasuries de 10 anos romperam acima do 0,80% ao ano, pela primeira vez em quatro meses, após a líder democrata Nancy Pelosi declarar que acredita que conseguirá chegar a um acordo com o governo em torno do pacote fiscal ainda nesta semana. O dólar recua frente às principais moedas, diante de um ambiente de menor aversão ao risco. O índice DXY recua 0,28% no momento, situando-se em 92,80 pontos. No mercado de ações, por sua vez, o quadro é mais cauteloso, com os índices futuros das bolsas de Nova York emitindo sinais mistos. O futuro do Dow Jones recua -0,18%; S&P 500 tem queda discreta de -0,01%; Nasdaq registra queda de -0,23%. No momento, o rendimento da T-Bond de 10 anos sobe 3 pontos base, para 0,81% ao ano. Hoje será divulgado o Livro Bege, a avaliação conjuntural efetuada pelos Feds regionais. Deverá trazer uma fotografia atualizada dos efeitos da pandemia sobre os diversos setores de atividade, permitindo antever a evolução da produção, vendas e emprego nos próximos meses.

Na Ásia, as bolsas fecharam em alta. O índice regional de ações MSCI Asia Pacific registrou ganho de 0,60% no pregão de hoje. Investidores apostam que governo e democratas chegarão a um acordo sobre o pacote fiscal ainda nesta semana. No Japão, o índice Nikkei subiu 0,31% em Tóquio, enquanto o Hang Seng avançou 0,75% em Hong Kong. O sul-coreano Kospi se valorizou 0,53% em Seul e o Taiex registrou alta moderada de 0,12%. Na contramão da região, bolsas da China fecharam no vermelho. Afetada pela queda das ações de energia renovável e de tecnologia, o índice Xangai Composto fechou com ligeira perda de -0,09%. No mercado de moeda, o iene se valoriza ante a moeda americana: o dólar é negociado a 104,94 ienes contra 105,49 ienes do final da tarde de ontem.

Na Europa, após uma abertura em alta, impulsionada pela expectativa positiva em torno das negociações sobre o pacote fiscal americano, as principais bolsas da região voltaram para o vermelho. O índice pan-europeu de ações, STOXX600, opera com queda de -0,97%, nesta manhã. Em Londres, o FTSE100 recua -1,25%; o CAC40 perde -1,14% em Paris; em Frankfurt, o DAX se desvaloriza -0,96%. O euro é negociado a US$ 1,1846, com valorização de 0,20%, no momento.

Os contratos futuros de petróleo abrem os negócios em baixa, nesta manhã. Refletem o relatório da American Petroleum Institute (API), que apurou forte aumento nos estoques da commodity nos EUA. Hoje o Departamento de Energia (DoE) divulga o seu relatório sobre estoques e produção. No momento, o contrato futuro do petróleo tipo WTI para dezembro é negociado a US$ 40,91/barril, com queda de -1,92%.

No âmbito interno, investidores avaliam positivamente os esforços do governo em reforçar o cofre do Tesouro Nacional, que nos primeiro quatro meses de 2021 terá que rolar R$ 643 bilhões em dívidas federais, que vencem no período. Devolução antecipada dos empréstimos do BNDES; nova transferência do lucro cambial do BC e devolução de parte dos IHCD (instrumentos híbridos de capital e dívida) em poder da Caixa são as fontes em estudo. Expectativa de uma abertura sem direcional claro para a Bovespa, também à espera do acordo entre democratas e governo em torno do pacote fiscal nos EUA. Os juros futuros devem recuar e o real deve seguir se valorizando diante do dólar.

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