Hoje na Economia – 21/10/2021

Hoje na Economia – 21/10/2021

Os mercados de ações internacionais operam, nesta quinta-feira, majoritariamente em baixa. Um ambiente permeado de aversão ao risco prevalece. Os bons resultados dos balanços empresariais já divulgados melhoraram o humor dos investidores, mas não dissiparam as preocupações com as crescentes pressões de custos industriais, originários da escassez de energia e gargalos na produção, o que pode minar o crescimento da economia mundial.

As bolsas na Ásia fecharam sem direcional claro. O índice MSCI Asia Pacific fechou perto da estabilidade. Pesou sobre o sentimento dos investidores asiáticos temores sobre o agravamento da crise no setor imobiliário chinês, após frustrar a tentativa de venda de parte da Evergrande, o que injetaria liquidez na empresa. Em Hong Kong, as ações da Evergrande caíram 12,5%, levando o índice Hang Seng a registrar perda de 0,45%, no pregão de hoje. Já no mercado chinês, o efeito Evergrande foi menor. O índice Xangai Composto apurou valorização de 0,22%. No Japão, o Nikkei caiu 1,87% em Tóquio, em meio a dúvidas sobre a futura política econômica do novo primeiro ministro do Japão, Fumio Kishida. Na Coreia do Sul, o índice Kospi registrou perda de 0,19% em Seul, enquanto o Taiex fechou perto da estabilidade (0,01%) em Taiwan.

A Europa segue a tendência ditada pelos mercados asiáticos. O índice STOXX600 opera com queda de 0,22%, nesta manhã, com investidores à espera de importantes balanços corporativos da região e dos EUA. Principais bolsas da região acompanham a queda: Londres -0,32%; Paris -0,42% e Frankfurt -0,16%.

No mercado americano, os índices futuros das bolsas de Nova York também operam no vermelho, nesta manhã. Espera-se pela divulgação dos balanços da AT&T; American Airlines; Intel e Whirlpool, que podem ajudar na definição de uma tendência para as ações no dia de hoje. No momento, o índice futuro do Dow Jones recua 0,29%; S&P 500 cai 0,27% e o Nasdaq desvaloriza 0,21%. Os juros dos Treasuries operam estáveis, com o yield do T-Bond de 10 anos situando-se em 1,64% ao ano, enquanto o índice DXY do dólar sobe 0,14% para 93,69 pontos. O euro é cotado a US$ 1,1641/€, desvalorizando 0,09%; a libra vale US$ 1,3805/£, depreciando 0,14%. A moeda japonesa é negociada a 114,04¥/US$, valorizando 0,24%. Hoje os investidores acompanharão o pronunciamento do presidente do Fed, Jerome Powell, e de dois outros dirigentes que participam de eventos, bem como a divulgação de dados sobre o mercado de trabalho e do setor imobiliário.

Os contratos futuros do petróleo operam em baixa, nesta manhã, em movimentos de ajuste técnico, após as altas recentes. O contrato futuro do petróleo tipo WTI é negociado a US$ 82,82/barril, recuando 0,73%, no momento.

Os investidores continuarão acompanhando os esforços do governo brasileiro em resolver o imbróglio do programa social que substituirá o Bolsa Família e a extensão do atual auxílio emergencial. Discute-se a possibilidade de mudar o cálculo da inflação na regra do teto – saindo da atual regra, que considera o IPCA acumulado em 12 meses até junho, para o IPCA acumulado de janeiro a dezembro – como também solicitar um “waiver” para furar o teto. A persistência do impasse e os riscos crescentes de agravar o quadro fiscal devem empurrar os investidores para a defensiva, resultando em bolsa para baixo, juros para cima e câmbio pressionado.

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