Hoje na Economia 21/11/2018

Hoje na Economia 21/11/2018

Edição 2140

21/11/2018

Após as fortes perdas de ontem, quando uma onda de aversão ao risco derrubou a maioria dos mercados de ações ao longo do globo, bolsas voltam a dar sinais de vida, buscando recuperar partes das perdas recentes. Preocupações com as tensões comerciais entre EUA e China, bem como com o crescimento mundial, permanecem no radar dos investidores, limitando a recuperação.

Na Ásia, as bolsas seguiram, em sua maioria, a tendência ditada por Nova York ontem, quando os principais índices de ações registraram acentuadas perdas. No entanto, as baixas observadas nos mercados asiáticos foram mais contidas. Mais de 90% das bolsas da região fecharam em queda, mas com variações inferiores a 1%. O índice regional de ações, MSCI Asia Pacific abriu em forte queda (-1,3% na abertura), mas fechou com baixa de 0,48%. Em Hong Kong, o índice Hang Seng abriu em baixa acentuada, que foi sendo eliminada ao longo do pregão, fechando o dia com ganho de 0,51%. No Japão, o índice Nikkei fechou em queda de 0,35%, após uma abertura mais negativa, que foi sendo atenuada à medida que o iene passou a se enfraquecer diante da divisa americana. O dólar é negociado a 112,86 ienes, com a moeda japonesa perdendo 0,10%, no momento. Na China, o índice Xangai Composto fechou com valorização de 0,21%, ignorando o relatório divulgado pelo Escritório do Representante de Comércio dos EUA (USTR), avaliando que Pequim ainda não alterou práticas "injustas e não razoáveis" em suas relações comerciais.

Os índices futuros de ações da bolsa de Nova York apontam para uma abertura positiva, com intenção de recuperar boa parte das perdas de ontem. No momento, o Dow Jones futuro sobe 0,47%; o S&P 500 avança 0,51%; Nasdaq tem ganho de 0,67%. O juro pago pelo T-Bond de 10 anos encontra-se em 3,081% ao ano nesta manhã, ligeiramente acima da variação de 3,051% de ontem à tarde. O dólar recua frente às principais moedas – índice DXY cai 0,25%, no momento – com também diante das moedas emergentes.

Mercados de ações europeus seguem a tendência ditada pelos futuros da bolsa de Nova York. O índice pan-europeu de ações, STOXX600, sobe 0,60%, refletindo a recuperação das ações de tecnologia e de autos, que sofreram fortes quedas nos últimos pregões. Nas principais bolsas da região, observam-se altas sólidas: em Londres, o FTSE100 sobe 0,59%; em Paris, o CAC40 tem alta de 0,61%; em Frankfurt, o DAX avança 1,0%. O euro é negociado a US$ 1,1403, com alta de 0,29% diante da moeda americana.

No mercado de commodities, os contratos futuros de petróleo operam em alta nesta quarta-feira, recuperando-se, ainda que parcialmente, das quedas acentuadas que sofreram nos últimos dias, em função da forte aversão ao risco que tomou conta dos mercados. O contrato do petróleo tipo WTI para entrega em janeiro é negociado a US$ 54,47/barril, com alta de 1,93%.

A Bovespa deve abrir os negócios refletindo a forte queda que o ADR da Petrobrás sofreu na bolsa de Nova York ontem, por conta da queda nas cotações do petróleo. Ademais, o ambiente não é propício ao risco. A cautela prossegue diante da guerra comercial entre EUA e China, em meio à percepção de que o ponto de alta da lucratividade das empresas já ficou para trás, diante da expectativa de um menor crescimento da economia mundial.

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