Hoje na Economia 21/12/2012

Hoje na Economia 21/12/2012

Edição 695

21/12/2012

As negociações em torno do ajuste fiscal americano foram adiadas para depois do Natal. A falta de apoio entre os republicanos para aprovar o seu “plano B” levou John Boehner a retirar a proposta antes de começar a votação. Sua proposta consistia em prorrogar a redução de impostos para todas as pessoas com renda anual inferior a US$ 1 milhão, ante o threshold de US$ 400 mil defendido na proposta de Obama.

O atraso na busca de uma solução empurra os investidores à busca de um “porto seguro”, beneficiando o dólar e o iene. A moeda americana se valoriza frente às principais moedas (dólar index:+0,12%), enquanto a remuneração paga pela treasury de 10 anos recuou para 1,76% ao ano. Os índices futuros das principais bolsas de ações, o S&P e o D&J, registram recuo de 1,27% e 1,31%, respectivamente, nesta manhã.

O quadro não é distinto na Europa. O índice pan-europeu de ações, STOXX600, perde 0,57% no momento, seguido por Londres -0,80%, Paris -0,45% e Frankfurt -0,51%. O euro é negociado a US$ 1,3208/€, perdendo 0,29% diante da moeda americana, enquanto ante ao iene atinge a cotação de ¥111,17/€, com depreciação de 0,22%.

O cancelamento da votação do “plano B” de Boehner derrubou também os mercados asiáticos. O índice MSCI Asia Pacific fechou o dia com queda de 0,7%. Em Tókio, o índice Nikkei fechou o pregão com queda de 0,99%, com destaque para as pesadas vendas que envolveram os papeis de grandes exportadoras. Na China, a bolsa de Xangai perdeu 0,69%, enquanto em Hong Kong o recuo foi de 0,68%.

O mercado de commodities também paga o seu preço neste dia de maior aversão ao risco. O petróleo tipo WTI é negociado a US$ 89,06/barril, com queda de 1,16%, a maior das últimas duas semanas. O índice total de commodities perde 0,16% nesta manhã, reflexo do recuo de 0,10% nas commodities metálicas. Agrícolas operam em alta de 0,39%.

Esse quadro de desconfiança que prevalece entre os investidores internacionais no dia de hoje, alimentado pelas incertezas que cercam as negociações em torno do fiscal cliff americano, deverá contaminar a Bovespa, abrindo espaço para realizações de lucros. No mercado de câmbio, a valorização do dólar ante as principais moedas deveria prevalecer também frente ao real. Preocupações com a inflação deve manter o BC alerta para impedir maior depreciação da moeda doméstica, no momento. Na renda fixa, atenção para a divulgação da taxa de desemprego de novembro, que segundo o consenso deve permanecer em 5,1% da PEA, reflexo de um mercado de trabalho ainda robusto.

Superintendência de Economia
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