Hoje na Economia 21/12/2017

Edição 1917

21/12/2017

Mercados financeiros internacionais operam em ligeira queda, sem expectativa de notícias relevantes boas após a aprovação do pacote de reforma fiscal nos EUA.

Na Ásia, as bolsas fecharam em queda, com o índice pan-asiático MSCI Ásia Pacífico caindo -0,2%. Houve queda de -0,11% no índice Nikkei225 do Japão, mas alta de +0,38% na bolsa de Xangai. O iene se deprecia contra o dólar, -0,07%, cotado a ¥/US$ 113,48.

Na Europa, as bolsas operam em sua maioria em leve queda. O índice pan-europeu STOXX600 recua -0,07%, com recuos de -0,23% no CAC40 de Paris e -0,28% no DAX de Frankfurt. O FTSE100 de Londres, por sua vez, sobe +0,04%. O euro está se apreciando contra o dólar, +0,06%, cotado a US$/€ 1,1879.

Os índices futuros das bolsas americanas, por outro lado, seguem em alta hoje. O futuro do S&P500 sobe +0,06%. O dólar está ganhando um pouco de valor contra outras moedas, inclusive de países emergentes, com o DXY subindo 0,02%. Os juros futuros estão em queda, após terem subido muito nos últimos dias, com o título da Treasury de 10 anos tendo yield de 2,49% a.a.. Os dados de que devem sair hoje (revisão final do PIB do 3º tri, pedidos semanais de seguro desemprego, CFNAI) devem ter pouco impacto sobre os mercados.

Os preços de commodities estão em ligeira queda, com o índice geral da Bloomberg recuando -0,08%. O preço do barril de petróleo tipo WTI cai -0,17%, cotado a US$ 57,99.

No Brasil, o relatório trimestral de inflação revisou para cima a previsão de PIB para 2018, de 2,2% para 2,6%. As previsões de inflação recuaram ligeiramente em relação à ata de dezembro e ao relatório trimestral anterior. A projeção de IPCA para 2017 é de 2,8% (contra 2,9% na ata e 3,2% no relatório anterior) e a projeção de IPCA para 2018 é de 4,2% (contra 4,2% na ata e 4,3% no relatório anterior). As projeções para os anos seguintes (2019, 2020) não mudaram. O relatório, de forma geral, confirma que o Copom deve cortar os juros em 25 pb na próxima reunião (fev/18), e afirma que o importante para o cenário do Copom é o efeito da aprovação (ou não) das reformas sobre o cenário é através dos preços dos ativos brasileiros (taxa de câmbio, por exemplo). O IPCA-15 deve ser divulgado hoje, e a expectativa é de 0,35% M/M. O tom ligeiramente mais dovish do relatório deve fazer os juros futuros recuarem hoje, mas tudo sujeito a mudanças caso o IPCA-15 venha acima do esperado, enquanto a queda nas bolsas internacionais deve fazer a bolsa brasileira recuar também. O real, por sua vez, deve depreciar ligeiramente, acompanhando a queda de commodities.