Hoje na Economia 21/12/2018

Hoje na Economia 21/12/2018

Edição 2162

21/12/2018

Mercados se preparam para encerrar uma das piores semanas do ano, bombardeados por uma cadeia de eventos negativos envolvendo as incertezas em relação ao conflito comercial entre EUA e China; a elevação de juros nos EUA e as persistentes preocupações com a saúde da economia mundial.

Na Ásia, foi mais um dia de baixa para os mercados de ações, que acompanharam as quedas das bolsas americanas no pregão de ontem. O índice regional de ações MSCI Asia Pacific caiu 1,21%, caminhando para o seu mais baixo nível desde março de 2017. Na China, o índice Xangai Composto recuou 0,79%, fechando a semana com queda acumulada de 3,0%. Em Tóquio, o Nikkei teve recuo de 1,11%, renovando a mínima em quinze meses, fechando a semana com perda de 5,65%. Números sobre a inflação de novembro, divulgados ontem, mostraram que o núcleo da inflação ao consumidor subiu 0,9% nos doze meses até novembro, vindo abaixo do esperado pelos analistas (1,0%). Esses resultado reforça a estratégia do banco central japonês (BoJ) de manter os estímulos monetários por muito tempo ainda, para atingir sua meta de inflação de 2%. O dólar recuou para 111,08 ienes de 111,15 ienes no fim da tarde de ontem. Em outras partes da Ásia, o sul-coreano Kospi subiu 0,07% em Seul; o Hang Seng avançou 0,51% em Hong Kong; o Taiex mostrou ligeira alta de 0,02% em Taiwan.

Nos Estados Unidos, às demais preocupações somam-se as dúvidas sobre uma possível paralisação do governo americano no fim de semana, em meio a um impasse no Congresso sobre recursos que o presidente Donald Trump exige para a construção do muro na fronteira com o México. Os futuros dos principais índices de ações da bolsa de Nova York apontam para mais um dia de perdas: o futuro do Dow Jones cai 0,28%; o S&P 500 futuro recua 0,41%; o Nasdaq perde 0,54%. O dólar mostra-se estável em relação à cesta de moedas fortes captada pelo índice DXY, mas se enfraquece diante da libra e do euro. A libra sobe a US$ 1,2687 (US$ 1,2672 ontem à tarde) enquanto o euro encontra-se em US$ 1,1466, permanecendo no mesmo patamar de ontem à tarde. O yield do T-Note de 10 anos encontra-se em 2,797%, com pequena queda em relação a 2,801% de ontem à tarde. Na agenda de indicadores econômicos, será divulgada a avaliação final do PIB do 3º trimestre, que deve mostrar crescimento anualizado de 3,5%, enquanto a inflação medida pelo núcleo do deflator dos gastos pessoais (PCE) deve subir 1,8% nos doze meses até novembro.

Na Europa, mercados operam no vermelho desde a abertura. O índice pan-europeu de ações, STOXX600, registra queda de 0,66%, no momento. Em Londres, o FTSE100 recua 0,30%; em Paris, o CAC40 tem baixa de 0,90%; em Frankfurt, o DAX perde 0,66%, no momento.

As preocupações com a perspectiva da economia global, gerando apostas de que a demanda por petróleo irá diminuir no próximo ano, empurraram os preços do petróleo para baixo ao longo desta semana. Hoje os contratos futuros da commodity ensaiam uma recuperação. No momento, o contrato futuro do petróleo tipo WTI é negociado a US$ 46,18/barril com alta de 0,65%.

No âmbito doméstico, o IBGE divulga o IPCA-15 de dezembro, que deverá mostra deflação de 0,12%, fechando o ano com inflação acumulada de 3,90%. A Bovespa deve enfrentar mais um dia difícil, tomando-se por base as quedas sofridas pelos futuros de ações de Nova York, nesta manhã.

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