Hoje na Economia 22/01/2015

Hoje na Economia 22/01/2015

Edição 1121

22/01/2015

As principais bolsas europeias operam em alta moderada, enquanto os investidores aguardam pela reunião do conselho de política monetária do Banco Central Europeu (BCE), prevista para as 10h45 de Brasília. Espera-se que seja adotado um programa de compra de títulos soberanos, que será responsável pela injeção de €50bilhões por mês no sistema, objetivando impulsionar a anêmica economia da região.

Diante da forte expectativa criada pela introdução de novos estímulos, o grande risco dos mercados é que o BCE decepcione, justificando a cautela na maioria das praças internacionais, nesta manhã. O índice pan-europeu de ações STOXX600 registra alta de 0,10%, no momento. Em Londres, o índice FTSE100 sobe 0,31%, enquanto o CAC40 de Paris e o DAX30 de Frankfurt recuam 0,04% e 0,02%, respectivamente. O euro, por sua vez, é negociado a US$ 1,1619, de US$ 1,1589 no fim da tarde de ontem.

Os índices futuros das bolsas de Nova York mostram maior animação, por conta dos bons resultados corporativos divulgados. Os índices futuros do S&P e D&J registram ganhos de 0,43% e 0,41%, respectivamente. O dólar perde diante das principais moedas (dólar índex: -0,24%), enquanto o juro pago pelo T-Bond de 10 anos encontra-se em 1,90% ao ano. Serão conhecidos os novos pedidos de seguro desemprego, que na semana finda no dia 17 totalizaram 300 mil pedidos, segundo o consenso do mercado, recuando ante os 316 mil divulgados na semana anterior.

Na Ásia, o índice regional MSCI Asia Pacific fechou estável, em meio à relutância dos investidores em realizar negócios, preferindo esperar pelo desfecho da reunião de política monetária do BCE. Em Tókio, o índice Nikkei fechou com ligeira alta (0,28%), após uma abertura em queda por conta do enfraquecimento do dólar, que foi revertido ao longo do pregão. A moeda americana é cotada a 117,78 ienes, no momento, contra 117,08 no inicio da sessão asiática. Na China, a determinação das autoridades em assegurar um crescimento estável, descartando um cenário de hardlanding, deixou investidores mais animados. O índice Composto de Xangai fechou com alta de 0,59%, enquanto Hong Kong subiu 0,70%.

Os contratos futuros do petróleo retomam a trajetória de queda diante de números que mostraram aumento dos estoques norte-americanos do produto, acentuando o excesso de oferta presente no mercado. O produto tipo WTI é negociado a US$ 47,28/barril, com queda de 1,07%, neste momento. As demais commodities também operam em baixa, com o índice total perdendo 0,25%, com destaque para os metais básicos que recuam 0,55%.

A decisão do Copom de ontem não trouxe novidades. Subiu a Selic para 12,25% como esperava o mercado. O comunicado divulgado pós-encontro foi lacônico, deixando a porta aberta para qualquer decisão futura. Deverá ter pouco impacto sobre a curva de juros futuros no dia de hoje. Juros domésticos elevados e aumento da liquidez mundial por conta do provável QE europeu pode garantir mais fluxo para o Brasil, podendo empurrar a cotação do dólar para baixo de R$ 2,60.

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