Hoje na Economia 22/03/2017

Hoje na Economia 22/03/2017

Edição 1729

22/03/2017

Prevalece um quadro de aversão ao risco, nesta manhã. Mercados de ações operam em queda generalizada, puxada pela depreciação das ações de empresas de commodities e financeiras, acompanhando o crescente ceticismo em relação à capacidade do presidente dos EUA, Donald Trump, de impor medidas para estimular a economia americana. O dólar recua; sobem os preços dos títulos governamentais; ganham as moedas consideradas porto seguro, como o iene japonês.

Mercados da Ásia fecharam em baixa. Pesou sobre os negócios da região o fraco desempenho dos mercados acionários de Nova York, em meio a uma reavaliação do otimismo com o governo do presidente Donald Trump. O índice MSCI Asia Pacific encerrou a sessão desta quarta-feira com queda de 1,4%. A bolsa de Tóquio sofreu a maior queda dos últimos quatro meses. O índice Nikkei apurou perda de 2,13%. O dólar é negociado a 111,31 ienes ante 111,75 ienes de ontem à tarde. Na China, as perdas foram mais contidas, uma vez que o banco central chinês (PBoC) injetou 110 bilhões de yuans no sistema financeiro nos últimos três dias, aliviando as preocupações com a liquidez do sistema. O Xangai Composto teve baixa de 0,50%. O Hang Seng de Hong Kong perdeu 1,11%.

Pelo lado americano, o índice futuros de ações S&P 500 recua 0,05% nesta manhã, com o crescente pessimismo que começa a tomar conta dos investidores em relação à capacidade do governo Trump em impor medidas de estímulo ao crescimento da economia. O juro pago pelo T-Bond de 10 anos recua 0,05% no momento, situando-se em 2,50% ao ano. O índice DXY, que segue o valor da moeda americana frente a uma cesta de moedas, situa-se em 99,867 pontos, pontuando a fraqueza do dólar frente às moedas como euro e iene.

Na Europa, o índice STOXX600 recua 0,81%, no momento, caminhando para a terceira queda consecutiva, refletindo o recuo das ações do setor financeiro. Demais praças também operam no vermelho: Londres -0,88%; Paris -0,70% e Frankfurt -0,64%. O euro é cotado a 1,0788, no momento, com queda discreta de 0,16%.

No mercado de petróleo, os contratos futuros para entrega em maio do petróleo WTI são cotados a US$ 47,58/barril, com perda de 1,37%. O índice Geral de Commodity da Bloomberg registra recuo de 0,52%, no momento.

Neste dia de maior aversão ao risco, com a crescente decepção com a política econômica de Donald Trump; petróleo e commodities em queda devem levar a Bovespa a acompanhar a tendência de desvalorização das bolsas internacionais. Na agenda destaque para o relatório bimestral do Orçamento, que deverá vir com cortes de gastos e possível aumento de impostos. Pelo lado da inflação, será divulgado o IPCA-15 de março. Projeções apontam para alta de 0,14% no mês e 4,73% em doze meses, reforçando as apostas em corte de 100 bps na Selic na próxima reunião do Copom.

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