Hoje na Economia 22/03/2018

Hoje na Economia 22/03/2018

Edição 1976

22/03/2018

Tendência de baixa predomina na maior parte das bolsas internacionais. Dólar e o yield das Treasuries recuam, enquanto os investidores avaliam as implicações da alta dos juros nos EUA e na China, ao mesmo tempo em que esperam pela imposição de cerca de US$ 60 bilhões em tarifas sobre produtos chineses a ser anunciado pelo presidente Donald Trump, nesta quinta-feira.

Ontem o comitê de política monetária do Fed (Fomc) elevou a taxa de juros para o intervalo de 1,50% a 1,75% ao ano, confirmando as expectativas do mercado. Contrariando parcela expressiva do mercado que esperava um tom mais conservador na reunião, o Fomc reafirmou sua estratégia de três altas para este ano. No mercado de juros, o juro de 10 anos encontra-se em 2,848% de 2,90% ontem à tarde, enquanto o juro dos papeis de 2 anos, mais sensíveis à política monetária, recuaram para 2,29% após o encerramento da reunião. O índice DXY, que segue o valor do dólar diante de uma cesta de moedas, opera com queda de 0,23%. Os futuros dos principais índices de ações de Nova York estão em baixa: o futuro do Dow Jones perde 0,66%; do S&P 500 recua 0,72%; o Nasdaq cai 1,15%.

Na Ásia, as bolsas fecharam sem direção única nesta quinta-feira, com investidores avaliando os próximos passos da política monetária americana e à espera de novos desdobramentos da crescente disputa comercial entra os EUA e a China. Em Tóquio, o índice Nikkei fechou com alta de 0,99%, interrompendo uma sequencia de três pregões negativos, com destaque para as ações do setor petrolífero. No mercado de moedas, o dólar recuou para 105,57 ienes de 105,99 ienes de ontem à tarde. Na China e em Hong Kong, as autoridades monetárias locais elevaram os juros em resposta à decisão do Fed. O índice Xangai Composto fechou o dia com queda de 0,53%, enquanto o Hang Seng perdeu 1,09%. Também pesaram sobre os negócios nesses mercados as preocupações que os EUA anunciem, ainda hoje, medidas comerciais punitivas contra Pequim.

Na Europa, mercados de ações, em sua maioria, operam no vermelho. O índice STOXX600 registra queda de 0,88%, com destaque para a baixa de ações do setor bancário. As principais bolsas da região também mostram desempenhos negativos: Londres -0,60%; Paris -1,09%; Frankfurt -1,10%. O euro troca de mãos a US$ 1,2345, ligeiramente acima da cotação de US$ 1,2344 de ontem à tarde.

Os contratos futuros de petróleo operam em leve baixa nesta manhã, realizando parte dos ganhos acumulados nos últimos dias por conta das tensões no Oriente Médio e recuo dos estoques da commodity nos EUA. No momento, o barril do petróleo tipo WTI para entrega em maio recua 0,52%, a US$ 64,83.

Ontem o Copom reduziu a Selic para 6,50% ao ano, de acordo com as expectativas do mercado, o que surpreendeu foi o comunicado que indicou explicitamente que deve ocorrer nova redução nos juros na reunião de maio. Essa perspectiva deve contribuir para quedas adicionais no ramo mais curto da curva de juros futuros, bem como dar novos estímulos a Bovespa. A escalada do embate comercial entre os EUA e China e o julgamento de habeas corpus do ex-presidente Lula são pontos de tensões para o dia de hoje.

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